terça-feira, 17 de março de 2015

Fanfic: Inocente (+18)



Autora: Lary Jaxn

 

Sinopse


 Será que é você que não consegue ou não quer resistir às tentações?


 Brenda Miller é uma jovem evangélica que se conforma em viver sobre as regras do pai super protetor, Afonso Miller, um pastor e fanático religioso, até conhecer um cantor famoso, excêntrico e metido chamado Michael Jackson. Sua forma de persuasão e como a seduziu mexeu com seus instintos a confundindo.


Será que ela continua vivendo como sempre, obedecendo às regras do pai ou se entrega suprindo os mais insanos desejos? 





“Qualquer um diria que meu pai me prende e me sufoca, mas eu como cristã e tendo todo o conhecimento da igreja discordo disso. Ele tem razão, aposto que nunca vou querer ou arrumar um homem antes que meu pai me mostre o ideal ou um homem que não seja cristão. Sempre serei pura e Inocente.” Brenda.



“Assim que alugo secretamente um apartamento novo num lugar afastado de onde moro, uma jovem pervertida acaba me descobrindo e eu acabo não resistindo a tentação. Sei que não é proibido transar com menores de idade, mas mesmo elas querendo eu me sinto um criminoso. Apesar disso não consigo parar de reparar como elas andam mais encorpadas, mais gostosas, mais safadas e cada vez mais ousadas também. Elas inventam de tudo para conseguir me achar e ter relações comigo. Assim fica difícil de resistir. O que me resta é mudar novamente e torcer para que essas jovens, que antes eram puras e inocentes, não me acharem novamente.” Michael Jackson.



É correto sempre querer seguir o correto imposto por outra pessoa ou o que te fazer bem é o correto?

O que realmente é correto?



Primeiramente eu gostaria de agradecer a todos os comentários sobre a sinopse. Eu sou nova neste blog. Espero que gostem de mim e que minhas fanfics as agradem. Boa Leitura


Leia escutando "Sometimes" da Britney Spears.


Capítulo 1

O primeiro contato com o pecado



Despertando lentamente ela percebe a claridade que já há em seu leito. Levanta assustada e olha em sua esquerda o despertador que marca 7:00 da manhã.

 Toma um susto, pois normalmente neste horário ela estaria atrasada, mas logo recorda que não está mais no colégio evangélico interno e sim em sua casa. Solta um suspiro aliviado e torna a deitar.

 Brenda passou dez anos de sua vida morando num rigoroso colégio interno evangélico e agora com 17 para 18 anos ela se formou e tornou a morar com o pai. Seria muito difícil se acostumar com essa nova vida e tentar viver como uma garota normal.

 Seu pai Afonso Miller bate na porta, ela se levanta e caminha até a mesma. Apenas destranca e puxa um pouco tornando a deitar na cama.

 Seu pai a abre jogando o olhar para dentro do ambiente. Ele repara em Brenda que ainda está com trajes de dormir.

- Você ainda está dormindo? Vamos levanta! – Ele reclama.

- Eu pensei que eu poderia dormir mais um pouco.

- Pensou errado. O irmão Eduardo te espera na sala para você ir pregar de porta em porta no centro de Los Angeles com ele.

 Brenda senta-se a cama mais interessada.

- Apenas nós vamos? – Pergunta com o rosto iluminado.

- Claro que não. Você sabe que de hipótese alguma eu deixaria você sozinha com um homem e, inclusive, você vai, mas vai usar a roupa que eu escolher e nunca entre em uma casa em que um homem esteja só. Ouviu?

 Ela assente com a cabeça. Estava ansiosa para poder ir pregar de porta em porta. Brenda amava cumprir as obrigações da igreja.

 Seu pai caminha até seu closet enquanto ela vai fazer sua higiene matinal. Ao sair do banheiro percebe seu pai também saindo do closet com umas peças de roupas sobre o braço.

 Ele joga as roupas na cama.

- Se vista logo que Eduardo está a esperar. – Ele diz logo saindo dali.

***

 Brenda entra na sala chamando a atenção de seu pai e Eduardo que conversavam.

- Vamos? – Ela diz ansiosa.

- Você vai com essa roupa? – Eduardo a nota dos pés a cabeça. – Está um calor enorme lá fora.

 Brenda estava vestida com um moletom branco, uma saia enorme jeans e meias calças pretas. Cabelos presos, porque segundo seu pai os cabelos longos são a maior fonte de sedução de uma mulher.

 Seu pai havia proibido maquiagem, mas ela passou levemente para parecer que estava sem.

- Ou ela vai assim ou de jeito nenhum! – Afonso respondeu ríspido.

- Eu vou assim sim, pai! – Brenda disse com medo de que ele mudasse de ideia.

- Tudo bem. – Eduardo assentiu.

 Ela, Eduardo e mais 10 jovens de sua idade foram em uma van em rumo ao centro de Los Angeles, onde era cercado por grandes apartamentos luxuosos, hotéis cinco estrelas e pontos turísticos conhecidos mundialmente.

 Ao pararem em uma praça um pouco afastada do centro comercial, todos desceram. Antes que pudessem começar a pregação Eduardo deu um aviso.

- Pessoal estejam aqui as 20:00 horas. – Ele disse. – Pregam em duplas que é muito mais fácil.

- Brenda quer fazer dupla comigo? – Uma garota se aproximou de Brenda e disse encostando-se a seu ombro.

- Pode ser...

- Meu nome é Verônica. O pastor Afonso gosta muito de mim. Tenho certeza que você também gostará.

 Brenda apenas sorriu.

 Depois que Eduardo demarcou a rua em que cada dupla iria pregar Brenda e Verônica seguiram juntas.

- Eu prego nas casas da direita e você na esquerda. Depois nos encontramos no final. Tudo bem? – Brenda diz a Verônica.

- Tudo bem. Vamos começar logo e terminar logo. – Verônica diz como se não estivesse com vontade de pregar e isso intriga Brenda.

 Ambas se dividem e começam a atividade.

***

 As horas passam rápido para Brenda que a cada casa que vai pregar, a cada pessoa que ela consegue manter interessado em saber mais sobre a bíblia, se sente um passo a mais perto de Deus. Claro que ela levou muitas portas na cara, mas nada que foi capaz de desanimá-la.

 Brenda e Verônica já percorreram todas as ruas em que foram designadas a percorrer. A noite já havia chegado e havia apenas um prédio enorme que seria o último antes de voltar para a praça e seguir de volta para casa.

 As maiorias das pessoas fechavam a porta na cara delas, mas elas continuavam seguindo cada vez mais alto até chegarem à cobertura.

 Seguiram para tomar o elevador.

- Oh, Brenda. Estou me sentindo ruim. Vou logo para a praça ficar na van. Você se importar de pregar na cobertura sozinha enquanto esperamos você na praça? – Verônica diz com semblante angustiado, segurando a barriga.

- Tudo bem. – Brenda a conforta acariciando seu ombro.

 Ambas entram no elevador, Brenda sobe até a cobertura deixando Verônica sozinha dentro do mesmo a descer para o térreo novamente.

***

 Ninguém sabe, mas Michael Jackson está vivendo naquele prédio. Ele tem fama mundial e por isso é privado de muitas coisas, inclusive, sair na rua sem seguranças ou disfarces.

 Um dos segredos que MJ conseguiu manter fora do conhecimento do público são os apartamentos que aluga ou compra em bairros improváveis para o rei do pop estar, onde ele pode viver em paz sem ninguém a perturbar.

 Ele passou o dia inteiro curtindo aquele novo lugar e sendo o que realmente é. O que mais gostava de fazer era jogar vídeo games e assistir filmes pornô, principalmente os lésbicos.

 Michael tentava evitar a atração que sentia por meninas jovens e menores de idade, por isso sempre tentava fugir.

 O que mais o perturbava era como cada vez mais elas estavam abusadas, inventando disfarces e situações apenas com o intuito de ir para cama com ele.

 Ele sabia que sua carne era fraca e que se aparecesse mais uma dessas jovens, não resistiria. Para sua sorte ele conseguiu passar o dia inteiro sem receber nenhuma dessas visitas.

 Ele acabara de se arrumar por completo para sair, depois de ter praticamente dado uma faxina naquele pequeno apartamento que comprara.

 Completamente de preto ele ia caminhar pelas ruas de Los Angeles, assim seria mais difícil das pessoas o enxergarem no escuro e também ele já estava farto de ficar trancado ali o dia inteiro.

 Saindo do banheiro ele percorria com o olhar o lugar satisfeito com a limpeza que efetuou.
Assim que tocou em seu chapéu em cima da cama para vesti-lo, alguém toca a campainha.

 Ele olha assustado em direção a porta. Como ninguém que ele conhecia sabia daquele “esconderijo”. Quem poderia ser?

 Rapidamente ele procura algo para esconder o rosto e dentro do closet acha um véu preto onde envolve seu rosto.

 Apenas entre abrindo a porta ele confere. Vê uma jovem, de costas esperando o elevador. Seus instintos florescem. Automaticamente ele observa suas curvas e principalmente sua bunda.

- Hey garota. Era você que estava me chamando? – Michael a chama.

 Brenda apertou diversas vezes a campainha e como ninguém veio atender deduziu que não havia ninguém no lugar. Ao ouvir aquela voz suave sobressaltou num susto e virou-se a ele.

 Com a porta entreaberta ela só via a cor de sua pele branca, seus cabelos longos e um véu cobrindo seu rosto. Sorriu satisfeita por ter mais alguém a ouvir a palavra de Deus.

 Aproximou-se sorridente.

- Eu vim pregar para a senhora. – Ela disse pensando ser uma mulher. – A senhora conhece Jesus?

 Michael se sentiu indignado a pensar que ela seria mais uma dessas jovens abusadas e que incorporou o papel de evangélica, pura e inocente apenas para provocá-lo e depois ir à cama com ele.


-Vou te mostrar quem é a “senhora”! – Murmurou.



          Leia escutando “Someone Put Your Hand Out” de Michael Jackson.


Capítulo 2


A Bíblia perdida


Por achar que aquela seria mais uma dessas jovens que o persegue, Michael se sentiu indignado com esse suposto disfarce arranjado por ela.
Envolver o nome de Deus e se fazer de inocente foi longe de mais para ele.
Ao invés de brigar ele decidiu fingir que acreditou e entrou nesta brincadeira, na intenção de ver até onde essa garota iria.
Brenda tomou um enorme susto quando Michael abriu a porta e arrancou o véu de seu rosto, deu um passo atrás. Por uns instantes ficou boquiaberta digerindo aquela situação.
Ela nunca imaginou que um dia em sua vida fosse encontrar Michael Jackson, ainda mais naquele lugar tão improvável de ele estar.
- Oh, me desculpe senhor Jackson, eu não pude ver que era você. É uma honra conhecê-lo. – Ela diz tímida.
- Imagino. Não quer entrar? – Ele pede com um pouco de descrença e ironia na voz.
Mesmo achando que ela estava sendo cara de pau em usar aquele disfarce e mesmo tendo prometido para si mesmo que não iria mais transar com jovens menores de idade, Michael não conseguiu resistir ao ver aquela garota.
Apesar de muitas roupas ele conseguia ver que seu corpo tinha curvas não tão voluptuosas, mas que satisfaziam bem qualquer homem.
Ele oferece passagem e Brenda cruza a porta entrando em seu apartamento.
Ao passar por ele seu perfume fica no ar e ele o respira profundamente adorando aquele aroma que o hipnotiza por alguns segundos.
Fecha a porta lentamente e continua ali parado observando Brenda de costas que também observa seu apartamento.
Brenda que está com uma bolsa no ombro nota que logo ali há um sofá e a coloca no mesmo já abrindo para pegar seus livros e começar o ensinamento.
Rapidamente ela percorre o olhar pelo apartamento. Pensa que ele é muito pequeno e pobre para um homem tão rico e famoso quanto Michael Jackson e se pergunta “O que ele faz aqui?”, mas ela espanta logo esses pensamentos balançando a cabeça, pois sua missão ali era outra e não reparar na vida pessoal dele.
Assim que percebeu que ele estava sozinho, pegou sua bolsa novamente e se virou esbarrando com o mesmo que estava logo atrás de si.
Michael segura em seus braços já farto de não poder tocá-la e a aproxima de seu corpo.
- Eu não posso ficar aqui sozinha com o senhor. – Brenda diz.
- Por quê? Eu não mordo! – Michael diz malicioso.
Brenda se solta de seus braços e anda um passo atrás.
- Por favor, me deixa ir embora. – Ela diz já nervosa.
Michael segura em seus quadris e a puxa fazendo seu corpo colidir com o seu. Ela esboça um leve gemido. As respirações já se misturam.
- Vamos pular logo para parte em que nós vamos para a cama... – Ele murmura.
Ainda segurando em seu quadril ele a empurra até colidir contra parede fazendo sua bolsa cair sobre a cama ao lado e encostando-se em seu corpo a deixando sem saída.
Apenas fita seu confuso olhar caído e sua pequena e delicada boca com uma leve camada de gloss nude, logo umedecendo seus lábios com a língua.
Brenda expressa pavor no olhar, prevendo o que aconteceria logo depois e que seria inevitável.
Sem demora Michael tomou seus lábios.
Ela tentava resistir, mas não conseguia nem se quer se mexer. Michael era forte.
Ela começou a dar socos nele tentando resistir, logo ele entrelaçou seus dedos em suas duas mãos erguendo-as e prensando contra parede.
Aquele era seu primeiro beijo e, obviamente, ela nunca iria esquecer. Estava se sentindo tão especial, mesmo que seja com alguém que ela mal conhecia.
Ele logo soltou suas mãos que foram diretamente aos seus ombros e percorreu seu corpo fazendo cada toque resultar em uma sensação diferente em Brenda.
A forma como sua pele respondia aos seus toques excitou Michael rapidamente.
Ela não entendeu o porquê de repente ele a agarrou, mas enquanto esteve em seus braços o beijando se sentiu desejada.
Seus lábios eram uma delicia e seu toque despertou uma chama dentro de si que subia dentre suas pernas e tomava conta de seu corpo por inteiro.
Brenda logo acordou daquele devaneio e com força empurrou Michael pelo tórax o afastando de si.
Os dois muito ofegantes se observavam por segundos recuperando o ar.
- Por que fez isso?! – Ela perguntou indignada a espera de uma resposta, mas Michael apenas esboça um sorrido travesso.
Brenda abaixa muito nervosa a recolher todos os seus livros e colocando rapidamente dentro de sua bolsa que caiu.
- Eu só vim pregar, não sou essas suas fãs que fazem de tudo para te ter. Olha aqui. – Ela diz o mostrando um livro das testemunhas de Jeová que usaria para seus ensinamentos.
Ao ver isso e perceber que essa jovem realmente era uma religiosa a fim de ensiná-lo sobre a bíblia, Michael se sentiu com remorso. Boquiaberto ele a observou arrependido do que acabara de fazer.
Ele tem consciência de que a forma como a beijou e a tocou com certeza iria despertar algo nesta jovem que a faria se transformar de pura e inocente em talvez uma maliciosa.
Ele se sentiu envergonhado como Adão quando percebeu que estava nu depois de comer da fruta proibida e ter a consciência do bem/mal.
- Oh... Me desculpe, eu não sabia que você era realmente uma religiosa. - Ele diz.
- Pensou que eu era o que então?! – Brenda pergunta já levantando com os livros no colo.
- É que tem garotas que inventam de tudo para conseguir vir aqui e...
-... Pensou errado! – Ela o interrompeu andando até a porta em seguida. – Acha que só por que é famoso pode agarrar qualquer uma?!
Quando Michael ia gesticular algo ela o interrompe novamente.
- Eu não sou qualquer uma! – Grita com mais fúria.
 Brenda abre a porta furiosa e sai dali rapidamente descendo correndo pelas escadas.
Na portaria ela rapidamente alisa sua roupa se arrumando e guarda direito os livros na bolsa. Respira fundo e tenta esquecer o que houve fingindo que nada aconteceu.
Em seguida Brenda retorna para praça onde todos a esperam.
***
Ela entrou em sua casa. A sala de estar estava escura, apenas iluminada pela luz da televisão que seu pai, sentado no sofá, assistia.
Ela o fita estranhamente se sentindo horrível por decidir escondê-lo que um homem tentou possuir-se dela. Ela se sentia como Eva ao comer da fruta proibida.
- O que foi? – Seu pai notou seu jeito.
- Nada. – Ela nega com a cabeça.
Seu pai franziu o cenho desconfiado e se aproximou.
- Eu sei quando você tenta me esconder algo. – Pausa. - Você sabe que eu sempre quis te manter pura e reclusa desse mundo cruel que fez até Jesus chorar. – Pausa novamente. - Não minta a mim! – Eleva o tom de voz.
- Pai, eu já disse que não fiz nada. – Brenda expressando temor na voz.
- Deus está vendo! – Ele diz apontando para cima. - Ele sabe o que aconteceu e você está mentindo! Eu reconheço a mentira no seu tom de voz porque Deus me deu esse dom e sabe por quê? – Ele pausa esperando a resposta. - Para cuidar de você e mantê-la pura. - Ele gritou perto de seu rosto fazendo-a sentir seu hálito.
- Por que faz isso comigo? – Brenda pergunta já segurando o choro.
- Não me questione. Pegue sua bíblia e leia em voz alta de seu quarto de orações agora! – Ele grita indicando com o dedo.
- Mas eu já li a Bíblia completa umas três vezes... – Ela reclama.
- Vai começar de Gênesis novamente só porque reclamou. Lembre-se “Negue Deus na terra que ele te negará no céu”.
Afonso vai até a cozinha deixando Brenda ali sozinha cabisbaixa e em seus pensamentos lamentando por não ter feito o correto dessa vez.
Apesar de saber que seu pai apenas queria protegê-la, para ela era torturante ler a Bíblia o dia, noite e madrugada inteiros, mas era inevitável.
Brenda com muita repudia caminhou até seu quarto de orações em baixo da escada. Ela abriu sua bolsa a procurar sua Bíblia, mas de jeito nenhum a encontra.
Assusta-se com a lembrança de sua bolsa caindo no apartamento de MJ, abrindo e espalhando tudo que havia dentro pelo chão.
Neste instante ela passa a procurar mais rápido torcendo para que não tenha esquecido no apartamento dele.
- Cadê sua Bíblia? – Seu pai surge de repente fazendo-a sobressaltar num enorme susto.

Leia o trecho de Brenda e seu pai escutando “Lucky” de Britney Spears.


Capítulo 3 



A limusine da tentação


Brenda por alguns segundos fica sem saber o que dizer a seu pai e apenas com um semblante assustado permanece em silêncio.
Como Afonso já é desconfiado por natureza sentiu uma desconfiança nesse nervoso de Brenda assim que ele perguntou sobre sua Bíblia.
- Eu perguntei onde está sua Bíblia? – Ele eleva a voz.
- Pai... – Ela pausa procurando as palavras, nervosa. – Está aqui.
- Me mostra.
Brenda fica em silêncio.
- Eu disse para me mostrar! – Afonso grita arrancando a bolsa da mão de Brenda e jogando tudo que estava dentro no chão. – Cadê?
Brenda fica ainda mais nervosa e com medo.
- Pai... Eu devo ter esquecido na casa de alguém. – Ela responde.
- Como você esquece sua Bíblia na casa de alguém se você a usa para pregar o tempo inteiro?
Brenda a ponto de chorar pensa em contar a seu pai sobre o que aconteceu, mas prefere continuar em silêncio.
Afonso nota que há algo de errado. Em silêncio apenas abre a porta do quarto de orações e de repente empurra com grosseria Brenda a dentro fazendo-a cair violentamente.
Em seguida ele joga sua bolsa.
- Pega a minha Bíblia que está ai dentro e só pare de ler quando eu mandar. – Ele diz sério. – Isso vai te fazer pensar no que fez.
Ele bate a porta com violência a trancando em seguida.
Brenda começa a chorar agarrada em seus joelhos por alguns minutos.
- É para ler em voz alta! – Ela ouve seu pai gritar do lado de fora.
Passa o dorso dos dedos polegares nos olhos para enxugar as lágrimas e começa sua leitura que dura a madrugada inteira.
Aquele quarto era muito estreito. Não havia janelas, a direita havia um pequeno santuário a Jesus com algumas velas que seu pai a obrigava ascender quando ela fosse ler a Bíblia.
A esquerda uma pequena prateleira com livros de testemunha de Jeová.
Brenda sentada ao chão lia a Bíblia em voz alta deixando suas lágrimas pingarem e molharem páginas da mesma.
***
No dia seguinte Michael estava em sua limusine indo para uma reunião importante com a Sony Music acompanhado de seu amigo Uri Geller, mas não parava de pensar em Brenda.
Apesar de tudo ele se preocupava em ser uma pessoa correta e sentia que o que fez não foi correto.
Mesmo tendo apenas beijado aquela garota, ele notou sua reação e, de alguma forma, ele a corrompeu.
- E aquela garota morena ainda está correndo atrás de você, Mike? – Uri pergunta.
Michael Jackson sentado em seu lado continua pensativo sem prestar atenção no que acabara de dizer.
- Hey Jackson! – Uri grita dando um tapa no braço de Michael fazendo-o despertar. – Tá dormindo?
- Oh, desculpe. Eu estava pensando em algo aqui. – Michael diz.
- Hum... Sei o que é esse algo. Começa com “mu” e termina com “lher”. – Uri brinca.
- Ah, para Uri. Não é nada disso. É essa Sony que me perturba, tenho vários assuntos pendentes com Motolla a tratar nesta reunião. – Michael reclama.
Eles continuaram a conversar por mais alguns instantes durante o trajeto. Até que olhando pela janela Michael percebe um grupo de meninas andando na rua caracterizadas como ele e usando camisetas com sua foto estampada.
- Se elas soubessem que você está aqui. – Uri comenta.
Michael apenas sorri orgulhoso, mas logo percebe uma criatura andando logo atrás delas.
- Retorna. – Ele ordena ao motorista.
Brenda andava na rua com semblante triste e cansado, postura curvada agarrada a um livro e com sua bolsa nas costas.
Logo percebe a enorme e luxuosa limusine branca de Michael, andando bem rente a calçada, com baixa velocidade, parecendo que estava a seguindo.
Tenta ignorar e aperta o passo, mas logo a limusine também aumenta a velocidade. Irritada ela para fazendo a mesma também parar.
Se vira esperando alguém se manifestar. O vidro traseiro desce lentamente revelando a face de Michael Jackson.
Revirando o olhar ela pensa “Só podia ser...”.
- Entra aqui para nós conversarmos. – Ele sussurra temendo ser visto.
- Não! – Brenda responde seca.
- Por favor, eu prometo que será rápido.
- Quem me garante? Ontem você já me mostrou ser um homem completamente vulgar e metido. Acha que só porque eu estava ali estava disponível e seria fácil. Quem não me garante que só quer me agarrar agora?
- Não fale isso. Você nem me conhece direito, quer dizer, você não me conhece nem um pouco!
Brenda pensa por segundos.
- Entra logo aqui porra! – Michael diz abrindo sutilmente a porta.
Sem repulsa ela olha para os lados e entra na limusine. Percebeu ali também Uri Geller.
Neste instante lembrou as diversas vezes em que seu pai a contou que esse paranormal tratava-se de um satânico, tanto ele quanto Michael.
Sentou a frente dos dois e os fitando fixamente passou por sua cabeça a possibilidade do que eles faziam juntos. Será que eles iriam a algum ritual satânico agora?
Balançou a cabeça espantando esses pensamentos.
- Onde está indo? – Michael pergunta.
- A uma igreja a duas esquinas daqui.
Michael ordena o motorista a seguir para este mesmo lugar.
- O que quer? – Brenda pergunta.
- Eu queria me desculpar por ontem. Entenda eu realmente pensei que seria uma fã “disfarçada” com a intenção de ir para cama comigo.
Brenda faz fisionomia enojada.
- Você deve se achar muito para ninguém poder te visitar que quer dizer que quer ir para cama com você.
- Eu não preciso me achar. Eu sou!
Brenda franzi o cenho e revira o olhar em silêncio enfastiada.
- Olha para mim! – Michael diz. – Eu sou o Michael Jackson. Não preciso me achar maior do que isso. Ninguém sabia que eu estava ali naquele apartamento, pois alugo em segredo justamente para isso, para ficar em paz, mas sempre vem uma jovem com as mais idiotas desculpas para no fim ir para cama comigo.
- Seu problema seria resolvido se simplesmente negasse.
- Eu sou homem também. Elas andam tão maliciosas e ousadas que fica difícil resistir.
- Você é um pervertido isso sim.
Michael a olha com um olhar arrependido.
- Não quero que você pense isso sobre mim.
- Por que não? Eu sou uma qualquer e seria mais uma que pensa algo de ruim sobre você.
- E você acha que eu gosto que pensem algo de errado sobre mim? O que eu poder fazer para mudar a impressão errada que alguém tem de mim eu farei.
- Não me importo nem um pouco. – Brenda responde ríspida.
Michael pensa por alguns segundos enquanto Uri apenas observa essa conversa com um sutil sorriso nos lábios.
A limusine já estaciona a frente da igreja, porém Brenda permanece ali esperando Michael dizer algo.
- Você não quer ir hoje a noite jantar comigo? – Michael pergunta. – Tenho certeza que vai gostar.
- Você pensa que eu sou trouxa? Jantar... Sei. – Brenda diz com um sutil sorrido perverso.
- Bom, eu convidei para o jantar, mas se acontecer outras coisas não me responsabilizo por mim... – Ele brinca travesso.
Michael ri juntamente com Uri, porém Brenda não gosta nada da brincadeira.
- Eu sou evangélica e preservo minha castidade! Não posso ficar sozinha com um homem. – Ela diz séria.
- Sério que é virgem?! Olha menina você pode até não poder, mas vi pelo seu jeito ontem e pelo seu jeito agora que está louquinha para ir.
As bochechas dela coram, sentiu que ele foi inconveniente em falar assim. Ela bem gostaria de jantar com ele antes, mas agora só desejava ficar cada vez mais longe desse homem.
- Você está me desrespeitando seu abusado. Só porque é o rei do pop se acha a última coca-cola do deserto?! Faça- me mil favores. Eu não vou! – Ela diz nervosa.
Brenda abre a porta daquela limusine e salta abruptamente.
- De nada pela carona. – Ele disse ironicamente através da janela da limusine.
Ela se vira a ele o fuzilando com o olhar. Ele apenas retribui com um sorriso travesso e em seguida uma piscadela maliciosa. Logo sua limusine parte dali. Brenda entra no templo.

Capítulo 4 


A visão da sensualidade


Brenda estava naquela tarde na igreja onde seu pai era pastor por ordem do mesmo. Ela deveria ensinar algumas crianças sobre a Bíblia como castigo por omitir algo que seu pai acha que fez de errado.
Ele a proibiu de continuar pregando de porta em porta e a prometeu oferecer um castigo tão perturbador que faria ela contar tudo o que aconteceu em seus mais insignificantes detalhes.
O que fazia ela se sentir pior não era o castigo e sim se sentir ruim em relação ao seu pai. Em sua visão ela deveria aceitar com obediência e satisfação a forma como seu pai a cuidava e não ficar com rancor e triste.
Ela não conseguiu prestar a devida atenção às crianças a quem ensinava por não parar de pensar em Michael. Tanto na forma como ele a beijou como quando conversou com ela na limusine.
Não parava de passar em sua cabeça a diferença que ele tinha com seu pai. Era deliciado, pareceu atencioso e preocupado em pedir desculpas e se redimir. Já seu pai era grosso e não tinha receio em machucá-la.
Verônica também estava ali naquela sala nos fundos da igreja ajudando-a e pode notar que havia algo de estranho em Brenda.
- Tia quem mandou Jesus a terra? – Uma criança a perguntou.
- Michael Jackson. – Ela proferiu ainda em seu devaneio.
Verônica se admirou.
- Brenda! – A chamou fazendo-a despertar. – Foi Deus que mandou Jesus a terra, pai do nosso senhor Jesus. – Verônica disse a criança acariciando sua cabeça.
O menino saiu correndo e Verônica aproximou-se de Brenda. Sentou ao seu lado.
- O que foi isso? – Perguntou.
- Nada. Eu só estava pensando em como esses artistas vendem suas almas. É horrível. – Brenda disse nervosa, fracassando ao tentar ser convincente.
- Tudo bem com você?
- Na verdade não. – Ela disse cabisbaixa. – Não estou me sentindo bem e o pior é que não posso voltar para casa. Estou de castigo.
Verônica se inclina a ela imitando sua postura.
- Olha vai para minha casa. Minha mãe está lá cuidando do brechó. – Murmurou. – Quando eu sair daqui nós vamos juntas até sua casa.
Brenda pensa em recusar.
- Fica tranquila  Minha mãe vai te receber com simpatia. Você diz que eu mandei você ir. Você pode deitar no meu quarto. – Verônica sorri.
Brenda retribui o sorriso.
- Obrigado.
- De nada. Eu sei como seu pai é severo até de mais. Se precisar desabafar estarei aqui.
***
Como Verônica pediu Brenda foi embora e seguiu andando até sua casa que não era muito longe dali.
Depois de alguns minutos avistou um brechó. Seria ali onde ela morava. Entrou e foi recebida por uma mulher loira e olhos azuis que veio de dentro da residência como se tivesse adivinhado sua presença ali. Deduziu ser sua mãe pela semelhança física.
- Deseja comprar algo? – Ela pergunta.
- Sou amiga de Verônica. Meu nome é Brenda. A senhora é mãe dela?
- Sim. Prazer Brenda. Aconteceu algo?
- Sim. Eu não me senti bem na igreja e ela disse que eu poderia ficar aqui e me deitar em seu quarto.
- Você mora longe daqui?
- Sim, mas também não posso ir para casa agora. – Ela fez cara enojada.
- Seu pai te deixou de castigo. Não é apenas um mal estar que te perturba, não?
Brenda se admirou. A forma como ela adivinhou a intrigou.
- Como sabe?
- Prazer Madalena a vidente! – Ela estendeu a mão.
Brenda se recusa a cumprimentá-la a fitando seriamente com repudia.
- Por que está pensando em ir embora? – Madalena pergunta depois de longos segundos em silêncio.
- Se você é capaz de adivinhar meus pensamentos. Por que não adivinha?
- Vejo que você é uma fanática religiosa. Sabia que eu sou paranormal por um dom oferecido por Deus?
- Isso é apenas o diabo a te confundir.
- Eu sei que quem está confusa aqui é você. Colocando em sua cabeça que é errado querer ser quem realmente é. Eu sei que você não quer estar atrás dessa bíblia e por baixo dessas roupas quentes. – Madalena diz indicando seu corpo. – Eu vejo que deseja outra coisa. Eu tenho a roupa certa para você.
Madalena sai de trás do balcão e anda sobre os cabides de roupas procurando algo.
- Hã? Mas quem é você para dizer o que eu sou ou deixo de ser?! – Brenda pergunta a seguindo.
- Madalena a vidente.
Sua petulância faz Brenda rir.
- Eu gostei de você assim que te vi entrar aqui, mas não dessa que finge ser e sim da que você vai se tornar. – Madalena diz se virando a ela com uma roupa nos braços. - Faça o que quer hoje usando essa roupa.
- Se você é vidente sabe o que aconteceu comigo ontem e sabe também o que acontece todos os dias com meu pai.
- Sim, por isso eu digo que não está errada em sentir o que sente. O correto é fazer o que deseja.
Brenda a observa pensativa.
- O provador é ali. – Madalena a indica.
Brenda foi ensinada a recusar, mas dentro de si queria poder provar aquela roupa. Seguiu o conselho de Madalena e se vestiu no provador.
Ao sair Madalena se admirou. Realmente aquela menina era muito bonita e com as roupas corretas poderia parecer mais sexy do que imaginava.
- Oh, estou me sentindo nua. – Brenda reclama tentando cobrir o corpo com as mãos.
- Que isso. Você está linda.
- Esses saltos são muitos grandes...
- Estão perfeitos. Só falta maquiagem e arrumar um pouco seu cabelo.
Depois de minutos de arrumação Brenda já estava perfeitamente arrumada aos olhos de Madalena.
- Pronto. – Madalena disse trazendo um espelho.
Assim Brenda pode finalmente se ver e ficou impressionada.
- Nem parece que sou eu. – Ela comentou.
- Você está muito linda. Se for ao encontro desse homem que ronda sua mente com essa roupa com certeza conseguirá seduzi-lo.
- Obrigado pela intenção, mas isso seria idiotice.
Apesar de ter se arrumado por completo Brenda não quer ir ao encontro de Michael.
Ali ela revelou um pouco de sua verdadeira identidade, mas mesmo assim continua ainda muito ligada em obedecer ao pai severo e ser uma jovem inocente.
Madalena apesar de ter acabado de conhecer Brenda já sentia uma ligação talvez espiritual com ela, mas não queria pressioná-la insistindo. Ela decidiu mostrá-la aos poucos que o correto é o que te faz bem, pois sabia que teria muitas oportunidades para isso.
As duas passaram longas horas do dia conversando, tinham uma conexão, uma simpatia... Era como se já se conhecessem há anos.
Madalena deu vários conselhos para Brenda que naquele dia aos poucos foi tomando liberdade de se desabafar. Madalena percebeu que não demoraria muito para Brenda se abrir de vez.
***
Tão confusa e sem perceber Brenda foi embora dali com aquelas vestes e arrumada daquela forma. Ela queria voltar para casa, mas sua mente parecia andar sem rumo.
A única coisa que ela tinha certeza era que quando chegasse à casa da forma que fosse seu pai ia brigar feio.
Andando ela pensava na possibilidade de ir ao apartamento de Michael Jackson, tentava imaginar o que aconteceria. Com certeza ele iria querer tocá-la mesmo estando com essas roupas da igreja.
Sozinha ela chegou à conclusão que Michael ascendeu uma vontade surreal dentro dela de ser beijada e tocada novamente.
- Será que se eu deixar ele me possuir da forma como tanto desejava essa chama dentro de mim finalmente se esfria? – Brenda pensava.
Brenda tinha medo de se entregar aos seus desejos e estar pecando contra Deus e contra seu pai que sempre se esforçou para cuidar dela sozinho.
Balançou a cabeça e decidiu ir logo de volta para casa.
Quando recuperou a consciência e saiu de seu devaneio que Brenda foi se tocar que já estava na calçada do edifício de Michael Jackson.

Capítulo 5




O último ato da inocente



Incrédula! Era assim que Brenda estava se sentindo. A sensação dentro de si era como se ela estivesse possuída por um espírito que quer deixá-la mais perto do pecado chamado Michael Jackson.
- Minha mente me trouxe aqui? – Ela se perguntava ainda parada na calçada.
Percebeu que o porteiro a observava de uma forma estranha como quem dissesse “Quem é você? O que quer?”. Ela notou o recado e logo deixou aquele lugar.
Um vento gelado pairou. O tempo iria mudar. Foi neste instante sentindo frio que ela percebeu a forma como estava vestida e, obviamente, não poderia voltar para casa daquela forma. Teria que retornar no brechó de Madalena antes.
***
Ao chegar em casa já preparada para ouvir o pior dos sermões de seu pai Brenda se surpreendeu com um bilhete colado a porta.
“Filha, eu tive que sair às pressas com a irmã Lourdes. Seu filho fora baleado e está em estado grave no hospital, vamos orar a noite toda em vigília. Vou passar a semana por aqui. A chave está em baixo do tapete. Fica tranqüila que sua tia Margarida passará ai sempre para cuidar de você. Se cuida e até semana que vem.”
Apesar de ser uma notícia triste do filho de uma conhecida estar no hospital, no fundo Brenda gostou de ter um pretexto para estar longe do pai e de suas torturas, porém reprime esse sentimento.
Logo entra em casa e curva-se a uma imagem de Jesus que há na sala em oração pela irmã e por esse sentimento de estar longe do pai. Ela não deveria gostar disso.
Minutos depois...
Vestida com uma camisola preta Brenda assiste a televisão. Normalmente há essa hora ela já estaria dormindo, mas como seu pai não está ela gostaria de aproveitar e assistir aos programas da noite.
De repente a campanhia toca. Brenda não imagina quem seja, caminha lentamente até a mesma com temor de que seja um bandido ou seu próprio pai.
Confere por uma pequena fresta, mas não consegue ver a pessoa direito. Decide abrir.
Era Michael Jackson vestido com um sobretudo úmido pela chuva, usava óculos escuros apesar de ser noite e seu típico chapéu.
Estava com as mãos enterradas dentro dos enormes bolsos do sobretudo, com postura curvada simbolizando sentir frio.
Brenda jogou seu olhar para fora e notou um enorme e luxuoso carro preto bem estacionado a frente de seu jardim.
- O que faz aqui uma hora dessas? Vai embora! – Ela tenta ser ríspida.
- Percebo que não sou só eu que numa noite gostosa de frio e chuva como esta fica acordado assistindo filmes à noite. – Ele diz notando a TV ligada.
- Não te interessa. – Ela diz fechando mais a porta. – Vai embora daqui. Se alguém te ver...
- Vim te entregar algo.
- O quê?
- Me deixa entrar.
Brenda apenas o fita com raiva, porém acaba obedecendo.
- Fala logo o que quer?
Michael retira a mão de um dos bolsos revelando a bíblia perdida de Brenda. Ela se admira ao ver e a pega subitamente de sua mão virando-se e afastando-se dele.
- Oh, minha bíblia. – Ela exclama a beijando e a folheando.
- De nada. – Michael diz ironicamente.
- Não fez mais que a obrigação. Agora vá embora! – Ela se vira a ele rispidamente.
- Calma marrentinha... Não foi apenas isso que vim te entregar.
- O que mais quer então?
Ele a puxa de repente e a prensa contra a parede. Com o susto ela deixa a bíblia cair ao chão.
Segurando a seu braço com firmeza Michael leva seu nariz ao seu pescoço sentindo a delicadeza do aroma de seu perfume. Em seguida fita seus olhos profundamente.
Ela pode sentir sua respiração quente e lenta em seu rosto com sua aproximidade. Ele uniu seu corpo ao dela fazendo-a sentir o volume que já há dentre suas pernas. Ela arfa fazendo-o morder os lábios inferiores esboçando tesão.
- Eu sei que seu pai saiu e sei que você quer... Eu soube que esteve no meu prédio vestida de uma forma totalmente diferente. – Ele sussurra.
- Como soube?
- Não interessa... Interessa é que agora eu vou te fuder profundo!
Ela arfa e ele beija carinhosamente seu pescoço descendo com delicadeza a seu busto e subindo novamente a boca lentamente.
Um beijo mais suave e gostoso proporciona a Brenda que completamente derretida aos seus braços não tem mais forças para resistir.
Ela apenas enlaça aos mãos em seu pescoço enquanto ele percorre suas enormes mãos por seu corpo.
Michael pausa. A fita com desejo e consegue ver em seus olhos o quanto ela suplica por isso.
- Vamos para seu quarto delicinha... – Michael diz deslizando o polegar sobre os lábios dela.
Ela segura sua mão delicadamente o guia até seu quarto. Assim que cruza e tranca a porta Michael já a abraça por trás beijando e mordendo com delicadeza seu pescoço.
Ela se vira a ele retornando a beijá-lo. A puxando pela cintura ele caminha até sua cama e a joga na mesma com certa grosseria.
Brenda tem chama no olhar. Estava irreconhecível perante aquela garota pura e inocente que sempre foi. Neste momento nada passava por sua mente.
Apenas desejava mais do que tudo aquele homem esquecendo tanto seu próprio nome e idade quanto de quem ele se tratava.
Deitada a cama ela o observava maliciosamente tentando tirar seu cinto desesperado enquanto tocava em seus seios.
Michael ficou mais louco ao ver essa cena e o retirou rapidamente logo se inclinando a ela. Levantou seu vestido e retirou sua calcinha.
Brenda esperava ansiosa seus próximos passos abrindo cada vez mais as pernas. Michael ajoelhou-se a sua frente masturbando-se por alguns instantes.
Ela ficara com água na boca ao ver o tamanho daquele membro. Ele notou a sua ansiedade e apenas suavemente deslizou a glande de seu membro em sua entrada. Ela esboçou um leve gemido.
- Tá querendo néh gostosa?! – Ele a provoca.
- Ooh... Vai Michael!
Gradativamente ele penetra seu pênis em sua vagina.
- Oh, Brenda... Apertadinha como eu gosto. – Ele geme.
Enquanto sentia aquele membro entrar nela, espreme a face em forma de prazer. Não queria mais perder tempo, estava ansiosa de mais para esperar ele lentamente penetrá-la por completo.
- FODE LOGO ESSA BUCETA! – Gritou grosseiramente.
Michael se surpreendeu, porém a obedeceu enfiando de uma vez todo seu membro.
- Ah! – Em súbito ela grita por sentir seu hímem rompido.
- Michael a penetra cada vez mais rápido roçando seu tórax em seus seios rígidos. No começo Brenda sente dor, porém logo é ofuscada pelo enorme prazer que aquele homem a proporciona.
Logo entra em um torpor gemendo sem parar e balbuciando palavrões e palavras obscenas.
- Oh, gostosa... – Ele geme puxando seu cabelo, erguendo sua cabeça para conseguir chupar seu pescoço.
Brenda crava suas unhas nas costas de Michael e o arranha loucamente.
O toque daquele homem...
Ela começa a gemer mais intensamente logo atingindo o orgasmo. Uma sensação indescritível e desconhecida para ela. Surreal. Brenda nunca havia provador tanto prazer assim antes.
Michael retira seu membro ereto, rosado e cheio de veias pulsantes de dentro dela. Ambos continuam ali por segundos em silêncio tentando recuperar o ar.
Brenda ainda com as pernas bambas e a cabeça atordoada também não consegue pensar em nada.
- Você é muito mais gostosa do que imaginei... – Michael quebra o silêncio acariciando os cabelos de Brenda.
Ela o fita como se finalmente seu verdadeiro EU tivesse acordado, mas ele a ignora tornando a beijar seus lábios.
Ela não hesita e logo ele estava por cima novamente a beijando feroz.
***
Afonso tinha esquecido sua Bíblia no quarto de orações de Brenda e teve que retornar para casa. Assim que entrou na sala estranhou o fato da porta não estar trancada.
Afonso percebeu que as luzes da casa ainda estavam acesas, notou a TV ligada.
- Brenda ainda está acordada? – Pensou consigo.
Ele foi até o quarto de orações da mesma e apanhou sua Bíblia. Assim que cruzava a porta do mesmo ouviu vozes vindas do quarto de sua filha.
- Ela está acordada? – Pensou caminhando em direção ao mesmo lugar. – E com alguém? – Percebeu.
Afonso chega à porta de seu quarto e estranha o fato dela estar entreaberta e a luz ainda acesa. Sem pensar ele a empurra.

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Capítulo 6




A desconfiança



 Afonso viu Brenda deitada em sua cama a dormir com a camisola que era de sua mãe.
 Ali parado no batente da porta ele sentiu nostalgia de sua falecida esposa e sorriu por um instante notando o quanto sua filha se parecia com ela.
 Aproximou-se de sua cama e afagou seus cabelos. Brenda acordou lentamente.
- Pai? Já chegou? – Ela pergunta docemente.
- Eu só vim buscar minha Bíblia que esqueci com você.
- Como pode esquecer sua Bíblia aqui se você a usa para pregar o tempo inteiro? – Brenda pergunta com sarcasmo em referencia a o que seu pai dissera mais cedo.
 Afonso não gostou da forma como sua filha acabara de falar.
- Eu esqueci aqui sim. Qual o problema?
- Nada... – Ela se fez de desentendida.
- Por que a porta não está trancada e as luzes ainda estão acesas?
- Por que eu fiquei com medo de apagar tudo!
- E não ficou com medo de alguém entrar aqui, não é?!
- Eu me esqueci de trancar a porta, é o senhor que sempre faz isso.
- Não gostei nada dessa história de medo de escuro. Você sabe que nada dessas histórias de monstros e espíritos existem. Essas histórias são blasfêmias contra Deus. Amanhã eu quero você estudando a Bíblia o dia inteiro até entender isso.
 Brenda esboçou uma fisionomia desagradável.
***
 Afonso logo partiu deixando Brenda sozinha novamente.
 Ela se joga a cama esboçando um profundo suspiro de alivio. Michael enfim sai do guarda roupa onde estava escondido.
 Abaixa-se a pegar suas vestes em baixo de sua cama que escondera rapidamente antes que Afonso pudesse os pegar no flagra.
 Brenda enterra seu rosto nas mãos. Não podia acreditar que mentira tanto para seu pai dessa forma e o pior que não era mais virgem.
Michael já estava acostumado a esses tipos de aventuras, mas nunca havia tirado a virgindade de uma religiosa.
Vestindo seu cinto ele reparava como estava Brenda. Hesitava em se sentir culpado. Tentava colocar em sua cabeça que ele não teria motivos para isso.
Ele era um artista famoso, um homem muito atraente, essa garota que o atiçou, ele não sabia que era religiosa, ela não hesitou em se entregar a ele.
 Tecnicamente ele não era culpado por nada, pelo contrário, ele era o inocente da história.
 Mesmo assim ele não gostaria de causar nada de ruim na vida daquela garota. Sentou-se ao seu lado afagando seus cabelos.
- Tudo bem guria? – Ela continua em silêncio. – Foi bom pra você? – Ele insiste contato.
- Vai embora daqui. – Ela diz seca, com os olhos inchados de tanto chorar, olhando profundamente em seus olhos. – Você já teve o que tanto queria. Agora me deixe em paz!
- Desculpa, eu não queria que você ficasse assim...
-... Vai embora! – Ela o interrompe gritando, indicando a porta.
- Não entendo. Por que está com raiva? – Michael se levanta, franzindo o cenho.
- Por quê? – Ela se levanta o encarando de perto. – Apenas olha o que você fez comigo. Eu sou uma impura agora... Uma pecadora!
- O que eu fiz com você?! O que nós fizemos juntos! Não queira se fazer de inocente, pois você bem quis tudo e mais um pouco que aconteceu aqui. Você queria muito mais do que eu.
- Sai daqui! – Ela gritou incrédula.
 Brenda começou a empurrá-lo até a porta de entrada de sua casa.
- Nunca uma garota depois de ter o privilégio de transar comigo me tratou assim... – Ele diz já ao lado de fora.
- Faz um favor? Nunca mais apareça a minha frente! – Ela diz logo em seguida fechando com grosseria a porta.
***
 Semanas depois...
 Inevitável foi para Afonso não perceber a mudança de comportamento de sua filha desde a semana em que ele esteve em vigília no hospital.
Além de cada vez mais mau-criada e ato suficiente, Brenda tinha algo de diferente em sua aparência em que ele não conseguia identificar.
Afonso e seu faro desconfiado sentiam que algo havia acontecido com ela. Ele não sabia mais o que fazer para tentar arrancar a verdade dela.
Todos os dias ela ficava de castigo em seu quarto de orações o dia inteiro e apenas saia para as refeições, mas a mesma não contava nada.
Depois que Afonso já havia preparado o almoço, foi até o quarto de orações. Ao abrir a porta notou Brenda quieta lendo a Bíblia, sentada ao chão.
A mesma ao vê-lo espreme o olhar devido à claridade que invade aquele ambiente obscuro.
- Venha almoçar. – Seu pai a pede sereno.
Ele caminha até a mesa e de imediato começa a se servir. Brenda logo vem do quarto e senta-se em seu lugar onde já há um prato feito e começa a comer em silêncio.
- Você pode já sair do castigo e pode ir onde quiser nesta tarde. – Afonso diz sereno.
Entre fartas colheradas da refeição Brenda sorri satisfeita. Para, mastiga e engoli tudo.
- Eu posso ir à casa de Verônica? Nesses dias em que estive fora da igreja por conta do castigo, ficaram muitas matérias pendentes para as crianças...
- Tudo bem.
***
Afonso decidiu segui-la quando mais tarde ela resolveu visitar Verônica. Percebeu que a filha andava muito nervosa para uma simples visita. Estava muito desconfiado.
Ela entra num brechó. Ele a observa do outro lado da rua, mas aperta o olhar para tentar enxergar o máximo que conseguir.
Brenda na verdade gostaria de falar com Madalena e assim que adentra o ambiente a mesma vem a seu encontro se posicionando atrás do balcão.
- Você sumiu! O que aconteceu? – Madalena diz.
- Estava num severo castigo imposto por meu pai... – Brenda responde.
- E o que deseja? – Madalena nota a preocupação que há no semblante de Brenda. - Pela sua cara deduzo que não seja roupa...
- Sabe quando disse que se eu precisasse você estaria aqui?
- Sim.
- Eu preciso de você agora! – Brenda diz com voz chorosa.
- O que foi? – Madalena ficou preocupada.
- Eu não sei direito... Estou tão confusa... – Brenda suspira em lamentação. – Mas estou desconfiada... – Pausa. – Que eu esteja grávida!


Capítulo 7





Indesejo


 - Grávida?! – Madalena indagou incrédula. – Como assim?!
 - Eu não tenho família por perto, sempre vivi apenas com meu pai e por isso não sei direito quais são os sintomas de gravidez, mas pelo que vejo em filmes e novelas estou muito desconfiada e com muito medo que seja verídico essa desconfiança.
Madalena permanece boquiaberta. Não podia acreditar que em poucas semanas aquela menina religiosa que conhecera já se entregou a algum homem e já engravidou.
- Como foi que aconteceu? – Ela quis saber.
  Brenda esboça fisionomia triste e fica cabisbaixa.
- Eu prefiro não falar sobre isso. – Responde.
Madalena assente.
- Não precisa nem ser vidente para ver que não foi uma gravidez desejada. – Diz pausadamente.
Brenda assente.
- Seu pai sabe disso?
- Obvio que não... Se ele souber, eu nem sei do que seria capaz de fazer.
- Eu sinto muito minha querida. – Madalena diz afagando seu braço.
Brenda começa a chorar.
- O pior é que se eu realmente estiver grávida não terá como ele não saber.
- Qualquer coisa, se ele te expulsar de casa, você pode vir morar comigo.
- Expulsar de casa não seria nada perto do que ele é capaz de fazer comigo.
- Me desculpa, mas sinceramente seu pai é um louco.
- Não fala assim de meu pai! – Brenda diz enxugando as lágrimas. – A intenção dele é me proteger ao máximo, mas só que ele acaba exagerando.
- Não, me desculpe, mas a intenção dele parece não te ver feliz.
 Brenda reflete em silêncio.
*** 
Como ela pediu Madalena aceitou em ajudá-la. Ela foi a uma farmácia e comprou um exame de gravidez enquanto Brenda a esperava na sala de estar de sua casa. 
Agora seu pai Afonso tinha certeza que havia algo de errado com sua filha assim que a viu conversar intimamente com aquela mulher e depois quando a viu chorar. Antes de ir embora ele a viu entrar na residência e viu a mulher saindo. 
Na sala Brenda esperava muito ansiosa e nervosa. De repente alguém chega e ela olha em súbito pensando ser Madalena.
- Brenda? O que faz aqui? – Verônica entra.
Brenda fica mais nervosa.
- Pronto Brenda seu teste já está aqui! – Madalena entra, por uns instantes não percebendo Verônica.
- Teste? Que teste mãe? – Verônica estranha.
As duas se entreolham muito nervosas, sem responder.
- Me respondem! Que teste é esse? O que a Brenda está fazendo aqui! – Verônica altera a voz.
Sem resposta e já irritada Verônica pega subitamente a sacola da mão de Madalena e constata que o teste era de gravidez. A mesma também fica boquiaberta.
- Brenda... Você acha que está grávida? Gente... Logo você? A mais certinha da igreja...
- Ah Verônica... – Brenda esconde o rosto com vergonha.
- Isso é assunto particular. É a vida dela e você não tem nada a ver com isso! – Madalena puxa a sacola de volta. – Vamos Brenda para o banheiro.
Brenda a segue. Verônica senta ao sofá ansiosa para saber o resultado.
Minutos depois ela viu sua mãe Madalena carregando Brenda a chorar em seu ombro. Esboçou um sutil sorriso de canto de boca.
- Qual foi o resultado? – Perguntou.
- Infelizmente positivo. – Madalena disse serena.
- E agora Brenda? – Verônica a perguntou.
Brenda chorava de soluçar. Balbuciou palavras sem sentido.
- Calma querida. Se você quiser nem volta para casa hoje. – Madalena diz.
 Verônica revira o olhar enfastiada.
- Não! Eu não mereço sua ajuda. Eu sou uma pecadora. Eu mereço morrer! – Brenda diz entre soluços.
- Não diga isso. – Madalena a conforta. 
- E também Brenda o que o seu pai pode fazer? No mínimo ele vai exigir que case com o tal pai da criança, inclusive, quem é o pai? – Verônica diz.
 Brenda para e reflete por segundos.
- Vocês não imaginam quem seja. – Responde mais calma.
- Lógico! Você foi estuprada por ele, não?
- Não... Eu consenti com o ato pecaminoso. 
- Não acredito! – Verônica se admira. – Então quem é ele? – Pergunta ainda mais curiosa.
- Eu não quero falar sobre isso, ok?!
- De qualquer forma terá que falar, afinal tenho certeza que seu pai vai obrigar a você dizer quem foi.
- Verônica! – Madalena a chama atenção. – Deixa ela em paz. Não está vendo que a pobre já está nervosa o suficiente?!
 Verônica fica quieta.
- Querida, mesmo que não queria nos contar quem é o pai você vai ter que contar a ele que vai ser pai.
- Eu não quero... – Brenda faz fisionomia enojada.
- Mas terá! Você não fez esse filho sozinha. – Pausa. - Vamos hoje? Eu te levo de carro.
 Brenda pensa.
- Tudo bem, mas você fica do lado de fora, ok?! – Responde.
***
Minutos depois...
 Brenda seguiu com Madalena até o apartamento de luxo de Michael Jackson. Como ela pediu Madalena esperou estacionada e ela subiu sozinha.
 Com o teste de gravidez as mãos, ela esperava com ansiedade o elevador chegar ao andar desejado.
 A primeira imagem que ela avistou foi a porta do apartamento de MJ assim que o elevador se abriu. Caminhou com relutância até o mesmo lugar.
 Tocou a campainha três vezes.
 Ele a recebeu da mesma forma que a primeira vez. Ao ver de quem se tratava abriu a porta rapidamente arrancando o véu do rosto.
- Você?! – Ele franziu o cenho.
  Brenda o olhava com lamentação no olhar.
 Quando Michael percebeu vir pessoas no corredor a puxou subitamente pelo braço a dentro e fechou a porta. 
- O que você quer aqui guria? – Perguntou um pouco ríspido.
- Eu precisei vir aqui te contar algo!
  Ele revirou o olhar.
- Elas sempre voltam... 
- Hã?
- Olha... Eu não sou de repetir figurinhas, ok?!
- Mas...
-... Garota eu não vou ficar com você novamente! Entendeu?! – Ele a interrompeu grosseiramente.
- Mas quem disse que eu quero ficar com você novamente?! – Ela disse ao mesmo tom.
- Todas querem! 
- Seu convencido! Filho da mãe! Ordinário! – Brenda ficou furiosa.
- Não... Eu não sou ordinário, eu sou extraordinário!
 A petulância dele a enojou. O que mais queria naquele momento era ir embora, mas ela não podia. Não antes de contar-lhe o que veio contar.
- Para seu conhecimento, eu não vim provar mais uma vez da mesma fruta proibida. Você foi um erro na minha vida. O que eu vim falar a você é muito importante, se não eu não estaria aqui. – Brenda diz pausadamente.
- O que foi então?
- Eu estou grávida!
 Michael leva um soco no estômago. Apesar de ser um ótimo pai e adorar seus filhos, o que menos queria para sua vida agora é uma gravidez indesejada de uma menor de idade, pobre e evangélica.
Ficou segundos digerindo essa situação.
- Eu disse que estou grávida! – Brenda repete.
 Por um instante passou pela cabeça de Michael uma sutil desconfiança a Brenda. Se ela é tão religiosa como diz por que se entregou tão facilmente a ele? Essa gravidez repentina seria uma ótima jogada de mestre, não?
 Se fosse o Michael de antes, teria caído nessa, mas esse Michael que já sofreu muitas apunhaladas pelas costas não é mais aquele ingênuo que acredita em tudo e todos.
- Ah... Você está grávida? Já sabe quem é o pai? – Ele pergunta ironicamente.
- Como quem é o pai?! Você é o pai! – Brenda se sente indignada. – Você foi o único que me seduziu!
- Tem certeza? E os outros que vieram depois?
- Você está me insultando! Como pode duvidar?! Eu nunca me entregaria para nenhum outro homem...
- Oh, nossa... Mas para mim foi bem fácil, não foi?!
 Brenda sem pensar ataca o rosto de Michael com um safanão que o fez virar ao lado.
- Garota! Você tem noção do que acabou de fazer? – Michael grita furioso fazendo-a tremer.
- Você me insultou!
- Oh, coitada dela... – Ele cospe as palavras ironicamente. – Vai embora daqui! – Grita abrindo a porta.
- Então quer dizer que para conseguir me comer você foi bem carinhoso e sedutor e agora simplesmente vai me jogar fora? – Ela grita ao mesmo tom. - Bem que meu pai disse que você é diabólico!
- Você que quis se entregar para mim. Não venha querer dar uma de inocente, pois quando um não quer dois não transam. Agora saia daqui! – Ele diz indo para cima dela.
 Ela continua parada em silêncio apenas o fitando com raiva e decepção.
- Eu disse sai! – Ele grita mais alto.
  Ela não se move o deixando farto com sua desobediência. Ele a puxa pelo braço com grosseria a jogando no corredor. 
- Eu não tenho paciência para criança mimada. O que você queria? Que eu casasse com você? Era só o que me faltava... – Ele diz logo em seguida fechando a porta com força.
 Brenda continuou ali sentada ao chão por segundos chorando. Não sabia se tinha mais raiva daquele homem ou de si mesma.
- Como pude achar que um homem que nem conheço direito iria querer mais do que uma transa? – Ela pensa consigo.


Capítulo 8




Culpa


Três dias depois...
Depois que Brenda foi tratada daquela forma grosseira por MJ em seu apartamento ela se sentiu pior do que antes. Cada vez que pensava no que seu pai poderia fazer quando descobrir ela tremia e chorava. Queria não ter que contar, mas seria inevitável, já completara 1 mês de gravidez.
Madalena ordenou que Verônica fosse à casa de Afonso pedir-lhe que Brenda passasse a semana em sua casa, mas o mesmo com muita relutância só permitiu esses três dias. 
- Você tem certeza que não quer fazer um exame de sangue no hospital? – Madalena diz a Brenda na mesa de jantar. – Ele é mais seguro. 
- Não Madalena... Eu não quero ir com esperanças de que talvez o teste de farmácia tenha falhado e depois me decepcionar. – Brenda responde. – Também de qualquer forma pequei e preciso contar a verdade a meu pai.
- Eu só acho que você está sendo muito idiota em tomar essa decisão Brenda. – Verônica diz. – Seu pai tem que entender que você é um ser humano e antes de morrer vai pecar muito.
- Mas esse foi um pecado grave! Eu preciso da redenção.
- Eu concordo com Verônica. Seu pai exagera. Ele te obrigou a freqüentar a igreja desde pequena. Nem perguntou se era isso o que queria. – Madalena diz.
- É isso o que quero!
- Tem certeza? – Verônica pergunta.
- Isso mesmo. Tem certeza que você é realmente essa Brenda pura e inocente que seu pai exige que seja? – Madalena completa. – Só acho que se você fosse essa Brenda não teria feito o que fez.
- Eu não preciso de sua condenação Madalena. Eu mesma já me condeno por esse ato. – Brenda diz com semblante triste.
- Eu não estou te condenando. Só quero que se aceite do jeito que você é. 
- Eu sou assim. O que mais almejo em minha vida é orgulhar meu pai.
- Orgulhar seu pai pode significar ser o que você não é e sofrer muito por isso. – Verônica comenta.
***
Depois dessa conversa Brenda se sentiu muito pressionada por Madalena e por Verônica. Elas insistiam em dizer que ela estava tomando uma personalidade falsa.
Brenda já estava confusa o suficiente para ter mais duas pessoas enchendo sua cabeça.
 Nesses dias não parou de pensar em Michael. Ela se odiou por isso. Aquele maldito fez o que fez com ela, mas seu toque, seu cheiro e seu sexo não saiam de sua mente.
Brenda chorava de dor. Estava brigando consigo mesma. Não queria sentir aquilo, não queria pensar mais naquilo. Foi um erro. Ela não deveria lembrar, não deveria ter gostado.
- Isso só pode ser uma prova! – Ela pensava consigo mesma enquanto orava freneticamente, ajoelhada ao milho, pedindo a Deus que afastasse esses pensamentos.
Depois desses três dias Madalena estava mais preocupada com Brenda do que antes. Ela não conseguia pensar em mais nada. Era como se fosse uma missão jogada em seu colo pelas forças superiores. Ela precisava ajudar Brenda a se libertar dessa cadeia psicológica em que seu pai a prendeu.
Entrou ao quarto e se deparou com a cena de Brenda ajoelhada à frente de um santuário com uma imagem de Jesus ao centro, velas de todos os tamanhos acesas. Ela balbuciava orações em latim enquanto se flagelava com um chicote.
- Brenda! – Madalena gritou espantada correndo em direção a ela para impedir que continuasse com esse ato macabro.
Brenda reluta. Ambas caem ao chão e brigam pelo chicote espalhando milho por todo lado. Brenda começa a chorar freneticamente. Madalena levanta-se e puxa com força o chicote o arrancando de sua mão a machucando.
O chão fica sujo de sangue devido às feridas de suas costas, mas uma pequena poça chama atenção de Madalena. Era um sangue diferente que saia dentre as pernas de Brenda.
- Verônica, me ajuda! – Madalena grita desesperada sentando a pobre. – Brenda! Olha para mim. – Diz dando leves tapas em seu rosto.
Brenda parece estar desmaiando, mas seus olhos ainda estão entre abertos e perdidos.
- O que foi mãe? – Verônica diz vindo até a porta. – Brenda? – Grita se aproximando. – O que aconteceu?
***
Duas horas depois...
- Ela perdeu o bebê! – O médico anuncia a Madalena e Verônica que estão na sala de espera do hospital.
As duas suspiram um tanto meio aliviadas quanto tristes.
- E ela está bem doutor? – Madalena pergunta.
- Sim, só vai precisar ficar em repouso um dia e já poderá levar alta. A pressão dela também caiu e...
-... Percebemos também que ela estava com uma alta febre enquanto a trazíamos. – Verônica interrompe.
- Sim. Foi ótimo que vocês a trouxeram rapidamente se não ela poderia ter convulsão. 
Elas trocam sorrisos satisfeitas.
- Mas a senhora terá que explicar as feridas em suas costas. Sabe que agredir menores é crime, mesmo que seja a mãe.
- Não, eu não sou a mãe. Eu posso explicar ao senhor, mas será uma longa história.
- Você não é a mãe? Então algum responsável terá que vir assinar os papéis da alta.
Madalena e Verônica se entreolham preocupadas.
- Doutor... Ela só tem o pai e nesta longa história envolve uma situação que ele não pode saber o porquê ela esteve aqui. Será que me entende?
- Você que tem que me entender. Eu sou funcionário público e obedeço a regras. O pai terá que vir e assinar os papéis, eu terei que deixá-lo a par de tudo e a senhora ou a paciente mesmo terá que me contar por que ela foi agredida.
Madalena e Verônica se entreolharam muito preocupadas. Estavam completamente sem saída. Não viam mais como ajudar Brenda. Dessa vez parecia não ter jeito, seu pai saberia de tudo.
***
Sozinho em seu apartamento um fantasma não deixava Michael Jackson em paz rodando sua mente. Chegava a se materializar ali em sua frente o fazendo ver aquele corpo sensual e juvenil, aquela boca pequena pedindo que o fudesse mais fundo, o fazendo sentir seu beijo, a textura de sua pele, seu cheiro, seu fervor.
Ele andava pelo apartamento, sentava, levantava, bebia, ligava a TV, desligava a TV, mas não havia nada que o fizesse parar de pensar em Brenda. 
- Por que eu estou pensando nesta garota? Eu nunca fui disso! – Ele se perguntava.
Não só a lembrança do sexo gostoso que ele proporcionou aquela guria virgem que rondava sua mente. Aquela discussão com ela e a forma como a tratou também. 
Há dias ele estava assim. Sentia como se sua cabeça fosse explodir. Não agüentava mais. Precisava de um amigo para desabafar.
Ninguém melhor que um paranormal como seu amigo Uri Geller que além de já estar por dentro dessa história, também seria o único a entender a mente surreal de Michael.
Depois de trinta minutos em que Michael deixou várias mensagens em seu celular ele finalmente toca a campainha. Michael atende.
Uri o nota da cabeça aos pés. De pijamas, cabelo desgrenhado, sem maquiagem e aparência derrubada Michael se mostra de postura curvada enquanto seus olhos gritam por desespero.
Não precisava ser nenhum sensitivo para sentir sua tensão. Ele ofereceu passagem e Uri notou que a forma como se mexia parecia ser um dos zumbis de seu clipe “Thriller”.
Uri entrou e sentou ao sofá branco perto da enorme cama desarrumada. Na verdade ele fez a pior coisa que uma visita pode fazer, notou a bagunça do apartamento. Um cheiro de álcool predominava ali. Papéis com rabiscos da letra garrancho de Michael jogados por todo o canto. Com certeza ele tentou escrever alguma música ou poema sobre a situação que estava vivendo.
Michael entrou na cozinha e demorou segundos por lá enquanto Uri continuava a observar o ambiente. Ali ele teve certeza do que todos já sabiam, Michael Jackson é um verdadeiro bagunceiro. 
Michael voltou da cozinha com duas taças de vinhos. Uri se incomodou. Michael só bebia isso o tempo inteiro. 
- Toma. – Michael disse o entregando a taça.
Uri tomou pequenos goles, mas não quis continuar tudo. Já Michael tomou rápido sua taça e já se posicionou a beber mais. Ele era assim um pinguço, melhor dizendo, um vinhuço.
- Vamos Mike. Diga logo o que você quer? – Uri perguntou. – Ao contrário de você eu não arranjo qualquer desculpa para beber.
Michael se jogou novamente a poltrona perto da porta com sua taça devidamente preenchida de vinho.
- Eu preciso de sua ajuda. Eu estou desesperado. – Michael diz soando um pouco bêbado.
- O que aconteceu? Alguém te obrigou a comer M&M’s marrons? – Uri brincou. 
Uri nunca acreditava quando Michael estava realmente precisando de sua ajuda, pois pelo pregador de peças que ele era sempre pensava que havia algo ai. Realmente várias vezes Michael apenas telefonou para Uri para zoá-lo ou o fez deixar tudo o que fazia por alguma besteira.
- Não cara. Dessa vez é sério. – Michael responde sério.
Uri tira o semblante alegre do rosto. Agora ele acreditava.
- O que foi amigo? – Perguntou preocupado.
- Oh... Aquela guria está me deixando louco! – Michael leva as mãos à cabeça entrelaçando-as em seus cabelos.
- Aquela guria da limusine? 
- Sim. Eu tentei pedir desculpas para ela como você viu, mas ela não aceitou. Eu realmente queria mostrar que estava arrependido de ter tentado transar com ela, mas ao mesmo tempo eu não estava arrependido. Ela é uma gostosa. Quem iria resistir?
- Nossa... Essa situação é difícil! O que te perturba mais? O fato de que ela não te perdoou?
- O pior é que não. Eu mandei meu porteiro me avisar caso ela aparecesse e ele me avisou que ela estava parada na calçada olhando o prédio e ainda perguntou se eu tenho certeza que era uma religiosa, pois estava com uma roupa curta e sensual.
- Como aquela pobre evangélica veio parar aqui com esses trajes?!
- Isso é o que fiquei me perguntando. Depois quando estava limpando a casa encontrei uma Bíblia em baixo da cama, ao abri-la vi escrito “Pertence à Brenda Miller”. Adivinha o que fui fazer?
- Nem preciso adivinhar... Você foi entregar de bom grado e como recompensa comeu a ninfeta.
- E ainda ela me expulsou com raiva como se a culpa dela ter transado comigo fosse apenas minha, porém não me importei muito com isso. O que tanto eu quanto ela queríamos já tinha acontecido. Nunca seu pai que é um fanático religioso e muito severo iria descobrir e nunca mais ela precisaria me ver novamente. Resolvi deixar para lá, mas ela me visitou algumas semanas depois.
- Te visitou novamente? Por quê?
- Ela veio me dizer que está grávida e eu fui muito grosso com ela. Na hora eu nem pensei nisso, só pensava que poderia ser um golpe. O que mais queria era afastá-la da minha vida. Não queria ter as pessoas me acusando de corromper uma menor, pobre e evangélica. Eu a tratei como uma qualquer, como as outras, mas ela não é igual as outras. Foi por esse motivo que eu tive que ir pedir desculpas naquele dia. Estou me sentindo um idiota. – Michael relata pausadamente. – Ela pode ficar com tanta raiva de mim que pode vender essa história a um tablóide... 
- Se ela não é igual as outras com certeza não fará uma coisa dessas.
- Ela pode ser influenciada por alguém. Ela pode tentar se matar ou abortar o bebê. – Michael lamenta. – Eu sou um idiota! Não mereço perdão! – Notável que ele tenta segurar as lágrimas.
- Calma Mike... – Uri tenta consolar o amigo afagando seu ombro. - Ela está com raiva porque só está enxergando o seu lado. Ela não vê que nessa história ela também errou. Ela só quis que você entendesse sua situação como evangélica, pregadora dos bons costumes, menor, pobre e filha única de um pai severo e fanático religioso, porém ela também tinha que ter entendido sua situação. Você é um homem muito famoso, você é sensual e atraente por isso atrai as mais sensuais mulheres e sempre foi acostumado com essa vida de ter todas a disposição. Por ser homem você não resistiu e por ser famoso você tentou a afastá-la da sua forma. Ela tem que entender essa atitude grosseira que você teve como uma forma de defesa. – Uri explicou pausadamente.
De nervoso e muito preocupado Michael passou de calmo e sereno. O que Uri explicou tinha total razão. Era por isso que Michael amava esse amigo, muito inteligente, centrado e sabe resolver qualquer situação com clareza e serenidade.
- Você tem razão amigo... Muito obrigado. – Michael diz.
Ambos se abraçam.
- Agora o que me aconselha a fazer? – Michael pergunta.
- Te aconselho a conversar sério com essa jovem e pedir desculpas.
Michael sorri.
- Obrigado. É isso mesmo que farei. – Diz já mais alegre.

Capítulo 9




Socorro


Sem perder as esperanças Madalena orava para todos seus santos. Temia que algo terrível pudesse acontecer a Brenda caso seu pai descobrisse que esteve grávida. Suplicou tanto ao médico que omitisse isto dele que o mesmo acabou concordando sem responsabilidade alguma caso algo de ruim acontecesse.
No fim da noite Afonso apareceu no hospital assustado. Não estava compreendendo porque sua filha fora internada e ninguém o avisou. 
Ao ver Madalena ele não a reconheceu de imediato e nem pediu satisfações. Estava cego de nervoso, queria conversar diretamente e imediatamente com sua filha.
Madalena temia. Brenda tinha deixado claro que iria contar a verdade a seu pai, mesmo com toda a insistência de Madalena. Ela orava para que a pobre mudasse de ideia.
No começo da madrugada o médico informou que poderiam ver Brenda antes dela receber alta, porém demorava em chamá-los ao quarto. Longos minutos depois ele retornou com uma fisionomia nada agradável.
- O que foi doutor? – Verônica pergunta.
Ele balança a cabeça negativamente.
- A paciente sumiu...
- Como assim minha filha sumiu?! – Afonso grita.
- Eu não sei senhor... Até agora ela estava a dormir no quarto e...
- Como vocês permitem isso? Como não sabem onde minha filha está?! – Afonso grita mais nervoso.
Afonso completamente impulsivo inicia uma discussão com os médicos e recepcionistas daquele hospital. Madalena e Verônica se entreolham apenas com um sutil sorriso de canto de boca. Elas sabiam que a pobre mudara de ideia.
***
Brenda andava no breu das ruas na madrugada. Sozinha. Sentia o frio daquele sereno soprar sobre sua pele. Cada barulho por mais minúsculo que fosse assustava a pobre. Sentia calafrios.
Durante aquela noite ela teve muito tempo para refletir naquele hospital. Por mais que em algum momento ela pensou em contar a verdade a seu pai, temia o que ele pudesse fazer. Ela tentava encontrar a resposta no seu interior. Será que realmente merecia isso? 
Chegou à conclusão que nunca poderá ser uma filha perfeita para seu pai. Ela comete erros. Ela é um ser humano. Seria cruel de mais exigir tanto. 
Mesmo depois de refletir muito, tentando encontrar algum destino, ela ainda andava sem rumo. Não sabia quem era e nem para onde iria. Sua mente estava fraca como seu corpo.
Andando descalça por aquelas calçadas esburacadas ela caiu umas cinco vezes. Os alucinantes que tomara no hospital também ajudaram para isso.
O último tombo foi mais dolorido. Não conseguiu levantar. Seu pé doía de mais. Ouviu vozes se aproximar. 
Eram quatros homens. Eles estavam sujos e com roupas rasgadas. Se ofereceram a levantá-la, mas ela não conseguia ficar de pé.
- Não precisa levantar gatinha... A gente vai te comer deitadinha mesmo. – Um deles disse perto de seu rosto fazendo-a sentir o odor de seu hálito. 
- Não! – Brenda tentava relutar.
- Fica quietinha que vai ser rapidinho! – Outro disse.
- Vamos deixar você toda arrombadinha.
- Te comer e nunca mais te ver, ok?
- Socorro! – Ela repetia tentando se soltar das mãos sujas daqueles homens.
Quase perdeu as esperanças de ser socorrida. Sua roupa hospitalar estava completamente rasgada. Eles se despiam para estuprá-la. 
De repente faróis de carro ascendem bem próximo a eles fazendo-os parar. Os mesmos se levantam com medo que fosse uma viatura da polícia. Não conseguem enxergar. O motorista desce. Não é a polícia.
- O que vocês pensam que vão fazer com essa garota?! – O homem grita.
Os quatros furiosos por serem interrompidos partem para cima dele com intenção de agredi-lo. O homem os surra com surpreendentes golpes de Karatê. Os quatros surrados saem correndo. 
O homem vem socorrer Brenda que ainda permanece ao chão. Ele retira o boné, óculos, bigode e revela ser MJ.
- Você? – Brenda estranha.
Ele apenas olha no fundo de seus olhos com um sutil sorriso. A pega no colo e a coloca no banco de passageiros de seu carro.
***
Ele a leva ao colo por todo o trajeto até seu apartamento. A coloca sentada sobre sua cama. A deixando ali entra ao closet, permanece por instantes e logo sai com uma pequena maleta de primeiros socorros as mãos.
Ajoelha-se em sua frente sobre uma perna. Pega seu delicado pé e o coloca sobre sua perna. Abre a maleta e retira uma pomada. Despeja um pouco nas mãos e inicia uma relaxante massagem em seu pé.
- Ai... – Ela reclama o puxando de leve.
- Desculpa... 
Ele continua a massagem de uma forma mais suave. Ambos permanecem em silêncio por segundos.
- Por que está fazendo isso? – Brenda quebra o silêncio.
 - Por que você precisa. Torceu o tornozelo e...
-... Eu não estou falando disso! – Ela o interrompe. – Estou falando porque me ajudou com aqueles caras, me trouxe para cá e agora está cuidando de mim?
- Não fiz mais que minha obrigação ao ver que precisava de socorro.
- Não deveria me ajudar. Eu sou um nada para você esqueceu? Eu nem deveria estar de volta a esse apartamento. Você deixou bem claro o quão insignificante eu sou a você. Por que me ajudou?
 Ele solta suavemente seu pé ao chão e senta-se ao seu lado na cama.
- Brenda... Estou arrependido pela forma como eu a tratei. Perdoa-me? – Ele fica em silêncio esperando resposta em vão. – Eu decidi cuidar de você agora e do nosso filho. Você pode vir morar comigo ou eu posso comprar alguma casa para você  e nosso filho viverem...
-... Não adianta mais! – Ela o interrompe seca.
- Não adianta mais?
- Eu perdi o nosso filho. Está satisfeito?
 Um surpreendente sentimento triste abate Michael.
- Oh... Claro que eu não estou satisfeito, mas também não estou totalmente triste. Eu me senti muito culpado por tudo e sei que essa gravidez seria uma calamidade em sua vida.
Brenda o observa com fisionomia triste. Estava sentindo algo diferente em sua presença. Ele estava tão doce e sensível, mas algo não a deixava esquecer a forma como a tratou. 
Ela desvia o olhar hesitando contato.
- Não finge que se importa. Você é famoso, tem sua vida ganha. Por que se importaria com uma pobre, sem graça como eu?
- Por que você é a garota mais linda que eu já vi na vida!
 Ela o olha com um inevitável semblante alegre. Ele sorri e acaricia seu rosto com o polegar. Ela desvia o olhar novamente com as bochechas coradas.
- Não tente me enganar novamente. Você deve fazer isso com todas que vêem aqui.- Ela hesita.
Michael se aproxima mais fazendo a mesma ficar nervosa. Era notável como tremia. Seu coração acelerou.
Michael pega em seu queixo restabelecendo contato visual. Ambos sentem uma descarga elétrica por todo o corpo. Suas pupilas dilatadas deixavam aqueles olhos castanhos ainda mais hipnotizantes.
- Sua linda... – Michael sussurra afagando seu cabelo. – Eu não te forçarei a nada...
A tremulação dela aumenta ao ouvir essas palavras por conta do nervoso. A respiração trava deixando sua garganta seca. Ela não sabe o que dizer. Umedece os lábios.
Ele a analisa em silêncio. Cada detalhe daquela garota era perfeito. Seu desejo por ela aumentara cada vez mais. Depositou seu rosto a seu pescoço a sentir seu perfume. Inspirou aquele aroma entrando numa hipnose instantânea.
Brenda ergueu a cabeça a sentir aquela respiração lenta e quente sob seu pescoço que causara arrepio. Ele deu leves beijos a deixando ainda mais excitada. 
Ela enlaçou suas mãos seu pescoço sem hesitar em se entregar novamente a ele. O mesmo tornou a olhá-la em seus olhos.
- Eu permito que me possua... – Ela sussurra. 
Michael esboça um largo sorriso. Ela retribui.
Eles se beijam com ternura por longos segundos. 
Ele para e levanta em seguida se despindo lentamente. Brenda faz o mesmo ficando apenas de lingerie.
Ela fica de quatro e Michael já completamente nu segura seu quadril. Faz uma trilha de beijos e mordidas de suas costas à nuca e orelha.
- Sua gostosa... – Sussurra em seu ouvido.
Ela vira a cabeça para beijá-lo por uns instantes. Logo ele se reposiciona atrás de seu traseiro e penetra seu membro aos poucos. Começa metendo devagar enquanto acaricia aquele corpo.
Para ele era mais excitante essa posição a ver o esbelto corpo daquela pobre e ouvi-la gemer delicadamente. Aumentando a velocidade ela gemia mais.
Para Brenda ser desejada por aquele gostoso era um privilégio. A força e fome como ele metia a deixava mais excitada. O que ela queria era ser usada por ele da forma como o mesmo a quisesse. Ela se daria a ele. Ela seria uma escrava para ele. Suprir suas vontades era sua maior necessidade. 
Naquele momento ele a comia com vontade. Ele a queria. Ela seria com prazer seu aperitivo. Ele gemia cada vez mais alto balbuciando palavras obscenas e palavrões.
Brenda suava com os olhos revirados por sentir tanto prazer. Ele logo chegou ao orgasmo metendo tão rápido e forte que a cama se movia. Brenda pode sentir seu gozo dentro de si. 
Ele por segundos acalmou-se. Retirou seu membro lentamente que ainda pingava.
 Mesmo assim sua vontade ainda não terminara. Brenda também queria muito.
Michael sentou-se na cama. Brenda saiu daquela posição levantando-se. Seu membro era enorme. Ela morde os lábios inferiores ao notá-lo. Ele segura sua base e movimenta sua mão até a glande que passa de seu umbigo.
- Oh... Que delícia... – Ela diz enquanto toca seus seios.
- Então vem gata... 
Ele abre um pouco as pernas e ela abaixa-se dentre elas. Segura seu membro na base. Por alguns instantes deposita longas lambidas em sua glande enquanto acaricia seus testículos. 
- Oh, gata... Não faz isso comigo... – Michael diz fechando os olhos e jogando a cabeça para trás.
Ela continua por longos segundos apenas lambendo e beijando todo seu membro enquanto acaricia seus testículos. Impaciente ele de inesperado o empurra boca adentro. O membro chega à entrada de sua garganta fazendo-a engasgar. Ela o retira em boa parte e logo inicia ritmados movimentos vaivém com ele em sua boca enquanto passa sua língua pela glande.
Michael esboça leves gemidos enquanto joga a cabeça para trás e cerra os punhos. Ela para com o movimento e começa a chupar a extensão do membro e em seguida os testículos.
Logo retorna com os movimentos. Instantes depois mais jatinhos de gozo esguicham em sua boca. Ela retira o membro lentamente, levanta e os engole.
Michael a segue com um olhar perverso umedecendo os lábios. Ela retira o sutiã. Ele deposita suas enormes mãos em sua barriga, as desliza subindo aos seios rígidos. Preenche as mãos com eles e os acaricia e os aperta. Em seguida a puxa para si segurando em seu quadril. Ela senta em seu colo fazendo sua vagina encharcada penetrar em seu membro. 
Irresistível são aqueles seios para Michael. Instantes depois Brenda está cavalgando sobre seu pau enquanto ele está chupando ferozmente seus seios. Ela logo atinge o orgasmo, gemendo alto, jogando a cabeça para trás da mesma forma que puxa com firmeza os cabelos dele o fazendo erguer a cabeça também. 
Ela rebola com cada vez mais velocidade seu quadril. Ele apalpa seu bumbum fazendo a penetração ter mais força.
- Me fode! Seu gostoso! – Ela balbucia...
Todas as palavras obscenas e elogios que Brenda dissera durante aquele ato deixavam Michael ainda mais faminto. Segurando em seu quadril ele a retirou de seu colo e a colocou deitada em sua cama. Sua vagina estava encharcada de gozo tanto dela como dele.
Apesar de já estar arrombada o mesmo a dilatou com os dedos e penetrou sua língua com longas e rápidas lambidas. Por instantes ela sentia o torpor que aquela língua o proporcionava. 
Brenda rebolava seu quadril. Logo atingiu outro rápido orgasmo e gozou na boca de Michael. Ele levantou e engoliu. 
Por alguns instantes de silêncio observava orgulhoso a forma como deixou a pobre. Ela suava e tremia. Já não tinha forças nem para falar. Michael também estava cansado, mas para ele ainda era só o começo.
Ambos transaram a noite inteira. Provaram todos os tipos de posições em todos os lugares daquele apartamento. Brenda não tinha mais receio nenhum. A única preocupação que ela tinha era satisfazê-lo e a vontade dele por ela era quase insaciável. 

Capítulo 10


Insaciável desejo


Embriagado por diversas xícaras de café amargo que tomara durante a noite Afonso estava jogado sobre o sofá de sua casa pela manhã.
Ele não sabia que sentimento predominava em si naquele momento. A preocupação ou a raiva? Estava cansado de mais para conseguir definir seus sentimentos agora.
Queria chorar, mas tinha raiva e repudia. Não poderia demonstrar fraqueza nem para si mesmo.
Um barulho o chama atenção. Senta e eleva a cabeça. A porta de madeira da entrada de sua casa abre-se lentamente. Respira fundo. Queria cuspir sua raiva na cara da filha.
Surpreende-se ao vê-la com um curativo no pé, roupa hospitalar suja, rasgada e face abatida. Permanece em silêncio. A mesma o observa com semblante indescritível. Em seguida sobe as escadas mancando com dificuldade e vai até seu quarto.
Afonso continua ali refletindo sem saber o que fazer. Com certeza algo diferente aconteceu com o intimo de sua filha desde a semana em que esteve de vigília. Algo que ele que está sufocando-a e que resultou nesses comportamentos estranhos.
Eles precisavam conversar e esclarecer tudo, mas Afonso sentia que não podia ceder. Não podia demonstrar-se mais aberto dando liberdade a ela. Ele sempre foi assim, duro e fechado e sempre funcionou na boa educação de sua única filha.
***
Brenda tomou um banho demorado.
Estava parada se observando no espelho apenas de calcinha e regata. Observava como sentia seu corpo mais sexy, sua pele mais macia e bonita, seu rosto mais delicado e suave. Recordava-se da sensação de estar aos braços de Michael e sentir que esse era o corpo mais sensual e desejado do mundo.
Seus cabelos molhados caiam sobre seu rosto causando pequenas goteiras no carpete.
Instantaneamente lembrou-se da conversa que teve nessa manhã com Michael, antes de retornar a seu lar.
- Olha como seu cabelo ficaria lindo com um Chanel! – Lembrou de Michael a dizendo sobre seu visual.
Ela sentada a cama e ele ajoelhado atrás segurando seu cabelo para que se imaginasse com o corte enquanto ambos se olhavam ao grande espelho que havia a frente.
- Não... Eu não posso cortar meu cabelo. – Ela diz meiga.
Ele solta seu cabelo e passa a ajeitá-los.
- E que tal tingir? Você ficaria linda loira. – Diz a olhando pelo reflexo.
- Você não me acha bonita assim?
Ele senta ao seu lado olhando em seus olhos.
- Quer dizer ficaria ainda mais linda... – Diz sorridente.
Ela retribui o elogio com um lindo sorriso. Ele a beija.
Ao ver através do espelho o reflexo de seu pai a observando encostado no batente da porta Brenda desperta de suas lembranças e toma um susto. Desfaz o semblante sorridente e vira-se ao pai.
- Eu nem preciso falar que você me deve explicações, não é?! – Afonso diz.
- Eu sei que não poderia chegar assim no dia seguinte, sem explicações, como se nada tivesse acontecido. – Ela responde calma.
- Então comece. Eu sou todo a ouvidos...
- Alguém no hospital contou o motivo pelo qual eu fui internada? – Brenda temia.
- Sim. Disseram que você estava com muita febre e pressão elevada, mas também o médico me alertou sobre marcas estranhas sobre seu corpo.
- Oh, sim... Pai eu fiquei com a pressão elevada porque no momento em que desmaiei estava muito alterada. Eu... – Pausa. - Estava me flagelando enquanto orava... – Diz com semblante triste.
- Por que isso?! – Afonso a interrompe soando meio incrédulo enquanto se aproxima.
- Eu tenho medo de não ser uma boa filha. Eu sinto muito por ás vezes não agradá-lo. – Brenda se lamenta. – Eu mereci ser punida dessa forma por mim mesma porque eu não sou uma filha perfeita e o senhor que sempre foi um pai cuidador, que se esforçou para me criar sozinho não merece uma filha nada a menos do que perfeita.
Afonso abraça a filha por alguns instantes.
- E por que você fugiu do hospital minha filha? Onde esteve até agora?
- Eu estava com medo. Tinha tomado remédios para dores que me fizeram delirar e talvez por isso eu tenha fugido. Eu estava fora de mim. – Brenda convenceu com sua mentira. – Eu tropecei e cai torcendo meu tornozelo. Uma pessoa caridosa me avistou na rua e cuidou de mim. Eu dormi em sua casa. Ainda estava muito alterada por conta dos remédios, mas logo que acordei, ela me deu uma carona até aqui.
- Quem é essa pessoa? – Afonso pergunta novamente em contato visual.
- Uma freira! Eu sei pai que somos de religiões diferentes, mas Deus não tem religião. Ela cuidou de mim...
- E o que uma freira fazia de madrugada na rua? – Afonso a interrompeu um pouco desconfiado.
- Ela disse que estava oferecendo sopa para os mendigos. – Brenda foi capaz de pensar rápido nas desculpas.
Afonso se convenceu. Agora se sentia culpado por pensar o pior sobre sua filha. Estava satisfeito em ter criado uma puritana inocente.
***
Semanas depois...​
Michael deixou bem claro que estava disponível para sexo quando ela estivesse interessada. A mesma repudiou a ideia, mas sempre o visitava durante a semana.
Aquele sentimento de culpa que antes sentira era ofuscado pelo enorme prazer que sentia ao ficar perto dele. Mesmo admitindo a si mesma que realmente o deseja, ela ainda reprime esse sentimento.
- Brenda você tem que se entregar por completo. Do que adianta você aparecer no apartamento desse cara, ter uma relação sexual maravilhosa e depois sair de lá dizendo que foi um erro e nunca mais voltará? Como você quer que o cara se sinta? Sinceramente eu acho que você tem muita sorte dele ainda ter paciência com você. – Madalena o aconselha.
- Você diz assim como se ele se abalasse... Ele não se importa! É um convencido! Quando eu digo que não voltarei, ele diz: “Estarei te esperando aqui amanhã”. Ele é um ordinário, por isso me sinto culpada por voltar, por não conseguir resistir... Poxa! Ele é tão gostoso... Sinto raiva de mim mesma toda vez que não consigo resistir.
- Como se doesse tudo o que ele faz com você...
- Oh, Madalena! Você parece estar do lado de Michael. Vejo que é inútil conversar com você. É melhor ir embora. – Brenda reclama.
- Não! Fica! – Madalena a pede. – Então quer dizer que o nome do cara é Michael?! Gostei do nome.
- É Michael sim... – Brenda diz nervosa.
- E qual sobrenome? Vai ver eu o conheço.
- Ah... Me deixa ir embora. Eu sai de casa dizendo a meu pai que iria pregar de porta em porta e estou aqui de papo com você mentindo mais uma vez para ele. – Ela muda de assunto se posicionando a sair.
- Tudo bem... Até amanhã.
- Amanhã não virei aqui. Amanhã vou pregar desde cedo.
Madalena sorri.
- Ok. Estarei te esperando aqui amanhã. – O provoca.
Brenda a fita séria e sai daquele lugar rumo a pregar.
Horas depois...
Ela foi ao apartamento de Michael. Eles conversaram durante minutos. Brenda pode perceber que algo o deixava tenso. Ele estava sentado sobre a cama com postura curvada e olhar perdido. Ela apenas o observava em silêncio. Ele pode notar.
- O que foi? – Perguntou.
Ela levanta, se aproxima e senta-se em seu colo.
- Eu que pergunto. – Enlaça as mãos sobre seus ombros. – O que te perturba?
- Oh... Alguns problemas familiares. Resolvi esquecê-los por alguns dias, mas agora as coisas estão fora do controle. – Ele diz olhando para o nada.
Ela segura em sua face tornando a manter contato visual.
- Não pense nos problemas agora. Eu gosto muito de você... – Ela diz olhando profundamente em seus olhos.
Ele esboça um largo sorriso.
- Você gosta de mim é? – Pergunta malicioso.
- Sim! – Ela assente também sorridente.
Ele a joga na cama deitando por cima.
- E o que mais gosta em mim? – Pergunta com sua face bem próxima a dela.
- Adivinha? – Ela diz perversa olhando sutilmente para baixo.
Ambos se beijam intensamente. Ele desce suavemente a seu queixo, docemente a seu pescoço, maliciosamente a seu busto. Brenda pode sentir seus pelos arrepiarem. Ele para de beijá-la e abre seu sutiã. Ela arquea as costas tentando tirá-lo por completo.
- Me diz como consegue ser tão linda assim? – Ele sussurra olhando em seus olhos.
Ela sente calafrios ao ouvir essas palavras. Elas suavam de uma forma diferente juntamente com seu olhar que brilhava. Logo pode sentir suas mãos massagear seus seios rígidos. Isso a excitou. Seu toque era mágico.
Ela fecha os olhos sentindo esse prazer. Ele começa a beijar ao pé de sua orelha enquanto sente seu perfume embriagante.
Ele encosta seu tórax espremendo seus seios. Ela desliza as mãos sobre seus cabelos que caiem sobre seu rosto. Por instantes se olham fixamente. Em seguida se beijam. Ela pode sentir seu membro já ereto encostar-se dentre suas pernas.
Ele sai de cima da mesma, levanta e começa a se despir. Ela continua ali deitada. Já estava de lingerie. Apenas com pouca dificuldade tenta retirar sua calcinha, mas logo Michael completamente nu a ajuda jogando a peça longe.
Ele ergue seus joelhos e abre ainda mais suas pernas. Ela joga a cabeça para trás fechando os olhos. Previa o que viria em seguida... Como ela gostava disso... Oh Deus, como ele era bom nisso.
Sem demora ele penetrou sua língua em sua entrada devidamente úmida e deu uma longa lambida subindo a seu clitóris. Jogou o olhar para cima e conseguiu ver como seu olhar suplicava por isso. Sorriu maliciosamente.
Penetrou o dedo do meio em sua vagina em ritmados movimentos vaivém. Ela gemeu. Em seguida começou a lamber rapidamente seu clitóris enquanto a penetrava. Ela gemia sentindo o torpor dessa ação, se movimentava na cama arqueando as costas, fazia caras e bocas, balbuciava palavras obscenas. Até perder o controle quando sentia estar perto do orgasmo.
Ele estava louco com isso. Quando viu que ela estava quase lá se posicionou. Até que ela gemendo loucamente gozou em sua boca. Enfim suspirou em alivio relaxando.
Novamente ele estava por cima.
- Foi bom? – Perguntou aproximando de sua orelha.
Sem ar ela apenas assente.
- Você sabe que eu sou insaciável, não é?
- Eu e minha buceta sabemos disso... Nós também somos insaciáveis. – Ela sussurra em sua orelha.
- Sua filha da puta gostosa... To viciado em você e nela, sabia? – Ele diz logo em seguida mordendo sua orelha e descendo sua boca com beijos e mordidas até seu pescoço.
- Então porque não cala essa boca e me come logo?!
Em seguida ela o empurra pelo ombro o fazendo cair deitado ao seu lado, senta por cima fazendo seu membro penetrar em sua vagina. Logo cavalgava intensamente sobre ele.
Ela apoia as mãos em seu tórax deixando vergões ao arranhar sua pele branca. Michael louco de tesão segurava em sua bunda a apertando cada vez mais forte e a incentivando a aumentar a velocidade da cavalgada.
Brenda se inclinou para frente fazendo o pênis encostar mais no clitóris. Seu prazer dobrou. Ela gemia. Michael adorava ouvir aquela voz delicada gemer seu nome. A velocidade cada vez mais intensa fazia a cama se movimentar, seus seios agora pendurados se moviam perto do rosto de Michael que cada vez mais se excitava com essa cena.
Um sentimento que o fazia tremer ao ouvir do porteiro que a mesma chegara para visitá-lo, que fazia seus joelhos falharem, sentir-se energizado em sua presença, ter borboletas na barriga, seu coração palpitar ao vê-la como se tivesse um infarto ou como se fosse capaz de vomitá-lo o fez crer em algumas suspeitas que rondavam sua mente. Não tinha mais duvidas.
O insaciável desejo por seu toque, seu corpo e seus beijos, a insana saudade que sentia quando ela não estava e o louco prazer que ela lhe proporcionava não somente quando estavam transando, mas também apenas por sua presença, eram provas mais do que suficientes para ele do que realmente estava sentindo. Era mais que sexo. Aquela era mais do que uma simples transa.
Ambos gemiam muito. Tiveram orgasmo ao mesmo tempo. Brenda saiu de cima dele e deitou ao seu lado. Ambos tentaram recuperar o ar.
Ela olhava para o teto quando percebeu que ele não tirava o olhar de si. Ele sorria.
- O que foi? – Perguntou.
- Você é linda! – Sussurrou.
Ela surpreendentemente levantou séria a procura de suas peças de roupa pelo apartamento. Michael sentou a cama sem entender.
- O que foi? Não foi bom para você? – Perguntou.
Sem resposta ela andava para os lados procurando suas roupas.
- Eu fiz uma pergunta! – Michael disse.
Ela para com algumas peças a mão e o observa com preocupação no olhar.
- Eu não sei o que há de errado comigo! Por que eu continuo vindo aqui? Por que eu não consigo resistir? Você é um erro! Eu não posso vir aqui novamente.
Michael revira o olhar já farto de ouvir isto. Ela começa a se vestir rapidamente.
- Você vem por que quer. Simples assim. – Ele diz.
- Faz um favor? Me impede de subir na portaria, ok?!
Michael levanta e se aproxima. A fita por instantes em silêncio. Coloca a mão em sua bunda puxando subitamente seu corpo de encontro ao seu e deixando um rápido selinho em seus lábios.
- Até amanhã gata! – Diz em seguida.
- Eu não vou voltar! – Ela responde tentando ser ríspida.
- Fecha a porta quando sair... – Ele ignora o que acabara de diz e anda em direção a cozinha.
- Convencido... Nem acredita em mim, mas dessa vez eu não vou voltar. – Ela diz consigo mesma e logo sai daquele lugar.
Ele retorna parando a porta da cozinha a vê-la sair. Suspira.
- Eu te amo guria... – Sussurra para si.

Capítulo 11



Imprecisão


Antes ela poderia achar que ele só pensava em sexo e que era uma pessoa metida e excêntrica, porém agora ela consegue sentir uma atração mais do que carnal por ele, quase uma conexão emocional.
Nessas semanas Brenda conseguiu conhecer sobre o intimo de Michael. Realmente ela notou que não estava mais na presença do rei do pop aquele ser esquisito de aparência mais esquisita ainda.
Ela agora se encontrava com um homem totalmente diferente que se tornara seu amante, quem ela realmente não conseguia enxergar os defeitos, os quais se talvez ele tivesse eram ofuscados pelas inúmeras qualidades que ela acabara de conhecer.
Nunca poderia imaginar que ele se revelaria um homem tão interessante, extrovertido e comum. Um homem que fala palavrões, xinga as pessoas e que tem defeitos como qualquer um. Também um homem tão carinhoso, atencioso, gentil e frágil.
No dia seguinte fez o que pode para não ir visitá-lo. Enquanto estava na rua pregando o maldito não sai de seus pensamentos. Resolveu voltar para casa com a desculpa de uma dor de cabeça, porém nem mesmo de se entupir de remédios com a intenção de dormir ela não conseguiu deixar de pensar nele.
- Aonde você vai? – Seu pai pergunta ao vê-la cruzar rapidamente a sala.
- Vou à casa de Verônica. Volto já! – Brenda sai antes que ele pudesse dizer algo.
Minutos depois...
Tocou duas vezes a campainha e ele atendeu falando ao telefone. Indicou para que ela entrasse e esperasse sentada. Ela obedeceu fechando com cuidado a porta.
- Não Grace! Eu já disse que Blanket é alérgico a esse leite! – Ele grita como se estivesse dando uma bronca.
Pausa esperando a resposta. Brenda sentada ao sofá o observa andando para os lados completamente irritado.
- Sua idiota! – Ele para e grita. - Será que é impossível você cuidar de meus filhos direito? Para que eu te contratei?... – Ele é interrompido. – Quem mandou chamá-la ai?! – É interrompido novamente. – Não tem explicações. Manda ela ir embora que eu mesmo já estou indo para ai! – Ele grita nervoso logo após desligando o telefone na cara da pessoa.
- O que foi? – Brenda pergunta preocupada.
Ele a olha em súbito com notável nervosismo, a fita seriamente e coloca o telefone no gancho. Respira fundo tentando se acalmar.
- A babá de meus filhos fez burrada e ainda chamou minha mãe para cuidar deles. Eu a contratei. Ela que recebe para cuidar deles e não minha mãe. – Diz mais calmo.
Brenda se levanta e afaga seu braço tentando acalmá-lo.
- Calma... Se sua mãe está cuidando deles você não deveria ficar calmo? – Ela diz meiga.
- Você não entende! – Ele grita descontando o nervoso na pobre.
Brenda sobressalta. Ele se arrepende de ter explodido com quem não merece.
- Me desculpe... Você não entende. Minha mãe já se intrometeu muito na minha vida. Não quero que se intrometa também na criação de meus filhos. – Diz docemente a se acalmar.
- E o que você fará agora?
- Vou ter que voltar para Neverland...
Por uns instantes ela se abate.
- Voltar para Neverland? – Pergunta com receio.
- Não será para sempre, meu amor... – Ele se aproxima, deposita um selinho em seus lábios e a abraça. – Eu só vou resolver alguns problemas e logo voltarei. – Diz ao seu ouvido em seguida restabelecendo o contato visual. - Porém para voltar logo terei que ir logo também
- Logo quer dizer hoje?
- Sim...
- Mas eu queria ficar com você hoje. Será que sua família não pode esperar? – Ela altera a voz.
- Claro que meus filhos não podem esperar! – Ele responde ao mesmo tom.
- Poxa! Eu me esforcei tanto para estar aqui com você hoje. Não é justo que você me troque...
- Não seria justo eu deixar meu filho com ataque alérgico para ficar com você! – Ele a interrompe já nervoso.
Ela fica por segundos em silêncio.
- Desculpa. Eu estou sendo egoísta. Claro que seu filho seria prioridade... Ele é criança, é seu filho e eu sou um nada... – Ela diz evitando contato visual cabisbaixa. – Me desculpe...
Michael sorri e se aproxima.
- Quem disse que você é um nada? – Diz pegando em seu queixo e a olhando nos olhos. – Você é minha gatinha preferida. – Diz em seguida a beijando.
- Eu e muitas outras... – Sussurrou consigo mesma.
Depois que Michael se arrumou devidamente ambos saíram dali.
Naquele momento Brenda começou a refletir sobre até quando esse relacionamento indefinido com Michael iria durar. Nunca parou para pensar em seu futuro, pois cada momento com ele parecia à eternidade.
Agora que a vida pessoal de Michael estava começando a aparecer e mesmo que ele se relevara outro homem além do rei do pop, ele nunca deixaria de ser isso. Ele nunca deixaria de ter sua vida própria e nunca deixaria de ser famoso. Será que ela caberia em sua vida? Era a pergunta que pairava por sua mente neste momento.
Era inútil tentar evitar esses pensamentos. Ela deveria refletir sobre o que era esse relacionamento, até quando iria durar e o que faria se tivesse fim.
Ela só tinha certeza de uma coisa. Michael a mudou. Não poderia imaginar sua vida sem ele agora. Retornar ao que era antes? Seria um pesadelo a ela. Não... Não poderia imaginar o fim. Era mais fácil imaginar a definição desse relacionamento e como eles iriam assumir para todos.
Durante o trajeto do elevador Brenda observava Michael com seu disfarce. Realmente era inevitável tanto para ela quanto para ele fugir da realidade. Ele sempre seria aquele rei do pop, super famoso e perseguido... E ela? Seria o que nesta história?
***
Sem cabeça para continuar pregando naquela tarde Brenda decidiu voltar para casa. Michael a levou de carona em seu carro e de lá partiu para Neverland. Ao descer do mesmo continuou ali observando virar a rua. Quantas vezes a mais ela iria vê-lo partir? E até quando ele iria voltar?
Entrou cabisbaixa em casa com aparente tristeza no olhar. O pai que vem da cozinha logo percebe.
- Aconteceu alguma coisa? – Pergunta. – Agora pode me explicar por que saiu daqui correndo?
- Nada... – Ela responde retirando o casaco.
- Como nada? – Ele desconfia.
- Nada de nada, ok?! – Brenda explode estressada. – Para com essa mania de desconfiar de cada passo meu! Eu não posso simplesmente chegar em casa normal e dizer que nada aconteceu?! Poxa! Me deixa em paz! EU! NÃO! TE! SUPORTO! MAIS!
Em súbito ela sentiu o pesar da mão de seu pai sobre seu rosto o que a fez cair ao chão.
- Por que está falando assim comigo? Está louca? Perdeu a noção do perigo? – Seu pai grita.
- Eu perdi sim, mas não foi a noção e sim a paciência com você! – Ela responde seca a se levantar. – Eu cansei de você! – Cospe as palavras em seu rosto saindo em seguida.
- Volta aqui! Você vai ter que me explicar direito sobre essa atitude! – Ele grita. – Vai direto para seu quarto de orações!
Brenda ignora suas palavras subindo as escadas em direção ao seu quarto. Afonso a segue e bate diversas vezes em sua porta trancada, porém Brenda não abre e permanece o resto do dia assim, sozinha em seu quarto, em silêncio e a chorar deitada em sua cama.

Capítulo 12












Terror


Foi inevitável permanecer o tempo inteiro trancada naquele quarto evitando contato com seu pai. 
Abriu sua porta no exato momento em que o mesmo passava no corredor. Olhou rapidamente em sua direção e se aproximou. Sem dizer nada puxou com força seus longos cabelos em direção as escadas. Dessa forma a levou diretamente ao seu quarto de orações, abriu a porta e a jogou de forma brusca a dentro. 
Brenda estava com semblante triste, mas se recusava a chorar. Não se sentia mais culpada ou merecedora dos atos torturantes do pai. Se sentia com raiva. 
- Você já estava no livro de “Matheus”? – O pai pergunta.
Ela assente seca.
- Pois comece a ler novamente do começo. – Afonso diz cruelmente.
- Eu não vou ler essa Bíblia novamente! – Responde ríspida.
O pai em súbito ataca sua face com um forte safanão. 
- Você vai ler sim! – Grita.
- Eu não vou! – Ela grita ainda mais alto em seguida jogando a Bíblia em seu rosto.
Afonso a ataca novamente com dois tapas ainda mais fortes fazendo-a cair e esbarrar no santuário de Jesus e tanto a imagem quanto as velas caírem sobre seu corpo.
- Você vai ler sim! Durante 3 dias e 3 noites sem comer ou beber!
Brenda em silêncio levanta aproximando seu rosto ao do pai.
- Se você fosse um pastor religioso que prestasse você saberia que na porra da Bíblia está escrito “Não desrespeitará seu filho.” Você é o pior pai que existe no mundo! – Brenda diz sinistramente calma. – Você nem me perguntou se era essa religião que eu gostaria de seguir. Eu te odeio.
Surpreendentemente Afonso ouve tais palavras sem esboçar reação por instantes. Brenda continua ali o observando. De repente ele pega seu pescoço a puxando dali. Brenda se debate. Afonso a leva até seu quarto de ferramentas e lá pega seu chicote. Depois caminha em direção ao seu santuário na sala de estar.
- Me solta! Seu louco! – Brenda grita. 
Ele soca seu rosto fazendo cair ao chão e permanecer por instantes zonza. Ele começa a despi-la a força e em seguida balbuciando orações em latim joga água benta sobre seu corpo.
Ao recuperar-se Brenda tenta sair, mas ele a segura. Assim que o frasco de água benta seca Afonso pega seu chicote e a agride sem parar.
- Ah! Socorro! Para com isso seu louco! Socorro! Alguém me ajuda! – Brenda grita incansavelmente enquanto tenta fugir, mas o pai a segura fortemente.
Ele bate tanto que ela fica sem forças para gritar ou tentar reagir. Simplesmente desmaia.
***
Ao recuperar a consciência Brenda se vê deitada em sua cama com uma antiga camisola branca e um enorme crucifixo de madeira maciça sobre seu corpo. Provavelmente o pai dera um banho a vestindo daquela forma e trançando seu cabelo.
Ao tentar se mexer ela nota suas mãos e pés presos a cama. Desesperada, olhando em volta nota estar em seu quarto, porém nota que parece ter havido alguma mudança no ambiente. 
- Pai me tira daqui! Socorro! – Brenda grita deixando as lágrimas escorrerem sobre seu rosto. – Oh meu Deus... Por que eu mereço isso?
Três dias depois...
Madalena pressentiu que havia algo acontecendo de errado com a pobre. Não sabia o que, mas esse sentimento não saia de seu coração. Andava de um lado ao outro pela casa tentando pensar em alguma forma para descobrir porque Brenda andava sumida.
- Mãe cheguei! – Verônica diz entrando.
- Filha! – Madalena grita.
- O que foi? – Verônica pergunta indo em sua direção.
- Você estava na igreja, não? 
- Sim. Por quê?
- A Brenda foi hoje?
- Estranhamente ela e o pastor estão há três dias sumidos da igreja.
Madalena se preocupa mais.
- O que foi mãe? Por que a senhora está abatida dessa forma? A pressão caiu?
- Verônica... Aconteceu alguma coisa com a Brenda...
- O quê? – Verônica se preocupa.
- Eu não sei... 
- Vamos a casa dela então.
Minutos depois...
Madalena estacionou seu carro a frente da casa de Brenda. Ambas estranharam o fato das janelas estarem fechadas no meio da tarde.
- Ai mãe... Estou começando a sentir uma coisa estranha... – Verônica diz.
- Se você está sentindo imagine eu que sou sensitiva. – Madalena responde. – Agora tudo fica claro a mim. Eu sou a mãe da Brenda.
- Hã? 
- Eu sou a mãe espiritual da Brenda. Sou sua afinidade espiritual. Sou sua alma gemia.
- Por isso você diz sentir uma conexão espiritual com ela.
- Sim. Eu preciso cuidar dela. Acho que essa é minha missão. 
- Então vamos entrar logo mãe. Eu também estou começando a achar que algo estranho acontece.
Ambas descem e caminham até a porta. A mesma está trancada. Elas tocam diversas vezes a campainha. Percebem as correspondências jogadas por ali.
- Ele não vai abrir... – Verônica diz.
Madalena retira um grampo do cabelo o enfiando na fechadura com uma façanha consegue destrancar a porta. Ambas se entreolham sorridentes. 
A casa inteira está obscura e em profundo silêncio. Madalena entra e Verônica apreensiva, segurando em seus ombros vem logo atrás. Ambas sorrateiras e na ponta dos pés. Cada minúsculo barulho as assusta.
Cada vez que adentram mais Madalena sente arrepios por ser sensitiva.
- O quarto da Brenda é subindo as escadas. – Verônica sussurra quase sem voz.
Elas sobem as escadas. Madalena treme ao chegarem ao enorme corredor. Verônica estranha como sua mãe arregala o olhar fixo na porta do quarto de Afonso no fim do corredor.
- O que foi? – Pergunta sussurrando ainda mais baixo.
- Esse homem é um louco. Temos que tirar Brenda daqui urgente! – Madalena chora.
Verônica indica o quarto da pobre. Elas abrem lentamente a porta afim de não fazer barulho.
A cena que presenciam é deprimente. Brenda virada à parede onde há um enorme crucifixo de madeira capaz de matá-la se caísse, ajoelhada nua sobre milho, com diversas feridas pelo corpo, principalmente costas e com as mãos e os pés amarrados por panos brancos encharcados e os olhos vendados pelo mesmo pano branco. 
Ela curvada sussurra freneticamente palavras incompreensíveis. O chão está completamente encharcado. Os móveis dali sumiram. As paredes mal pintadas de branco com símbolos religiosos incompreensíveis desenhados com tinta preta.
Ambas não conseguem se segurar e choram, porém tampam a boca com as mãos a abafar o choro, ainda tentando manter o silêncio. 
Andam dois passos em direção a Brenda. A mesma ouve ruídos e vira a cabeça ao lado. Grita palavras em latim soando como suplicas.
Madalena e Verônica se entreolham. Ela não podia continuar com esse barulho. Rapidamente correm e tentam desamarrá-la, porém a mesma reluta.
- Solta minha filha! – Elas ouvem a potente voz de Afonso gritar.

Capítulo 13










Mudança



O problema de um filho com ataque alérgico não era o único motivo pelo qual Michael Jackson andava perturbado e foi preciso viajar de volta a Neverland. Ele também precisava achar uma solução para diversos outros problemas.
Não era necessário que ele voltasse a casa, inclusive, sua hospedagem nesse apartamento aconteceu justamente para que fosse mais fácil de resolver seus problemas. Michael apenas queria ficar longe de Brenda. Ele sabia que essa rotina de transar às vezes com ela, sem compromisso, não poderia durar para sempre. Ele estava apaixonado e tinha que colocar um rumo nesta história.
O escritório de Neverland era o lugar de paz onde ele gostava de trabalhar. Sentado aquela poltrona de coro ele refletia olhando um pedaço de papel. Nele havia escrito um número de celular.
Michael sorri ao lembrar-se de Brenda toda empolgada anotando aquele número de um novo celular que Madalena a presenteou, caso ele quisesse falar com ela. Ele se sente encantado ao lembrar-se de sua meiguice e humildade.
- Minha bebê... – Ele diz sorridente consigo mesmo.
Olhou por um instante o telefone preto sobre a mesa.
- Senhor Jackson? – A emprega bate a porta interrompendo seus pensamentos.
- Sim?!
- Suas malas já estão prontas e o motorista já as levou para o carro.
- Muito obrigado Grace. Eu já vou partir.
Ele levanta dali enfiando aquele pedaço de papel no bolso.
Foi árduo o período desses quatros dias em que Michael esteve em Neverland, longe de Brenda e pensando muito nela, ao mesmo tempo tentando encontrar alguma solução para todos seus problemas.
Agora ele retornava ao seu apartamento no subúrbio. Estava ansioso para poder matar sua saudade dela. Esse tempo foi decisivo para ele. O que mais desejava era poder ficar perto da mulher que estava apaixonado, poder amá-la sem receio. Por que isso seria errado? Ele é um ser humano e tem todo o direito de amar e ser amado.
Será que a pobre iria entender que o que ele sente é especial? Ele não pode mais perder tempo. Todos esses anos foram vividos tomando cautelosas decisões as quais não afetassem sua vida celebre e sua carreira.
E sua felicidade conta? Ninguém nunca se importou com isso. Ele não pode mais também deixar sua felicidade em segundo plano. Ele não pode deixar Brenda ir. Ele a ama. Ele pode admitir isso a si milhares de vezes enquanto esteve em Neverland. Não conseguia mais manter isso dentro de si. Não conseguia mais ficar longe dela. Precisava dizer a ela, ou melhor, precisava fazê-la sentir.
Horas depois...
Ele estava dentro de seu carro estacionado na rua de Brenda. Olhando para fachada de sua casa ele tentava entender o que houve. O que houve para que uma enorme placa de “Vende-se” estivesse plantada em seu jardim daquela forma. Como ela poderia ter se mudado e não o avisado? Será que seu pai descobriu tudo?
- Não... Eu preciso falar com Brenda. Não vou ficar aqui sem resposta. – Ele dizia a sim mesmo. – Motorista eu só preciso que me deixe em outro endereço.
Michael seguiu a casa de Madalena. Ele sabe que Brenda não queria que ela descobrisse que ele era seu amante, mas não havia outra forma de saber o que houve.
- Senhor... Neste brechó? – O motorista estranha ao chegarem.
- Sim.
- O senhor quer que eu o acompanhe?
- Não precisa. Apenas me espere aqui.
Logo em seguida Michael sai do carro. A rua está deserta para sua sorte, apesar de estar no meio da tarde. Ele entra sem medo no brechó. Aquele lugar estranho está vazio. Toca por diversas vezes a campainha que há sobre o balcão.
Enfim Madalena vem de dentro de sua casa distraída e rindo atoa, porém logo quando se depara com Michael Jackson sobressalta pasma e fica paralisada. O mesmo revira o olhar já acostumado com essas reações.
- Mi... Mi. – Ela gagueja.
- Michael Jackson. – Michael diz sereno.
- Michael Jackson? O que faz aqui?
Provavelmente Brenda ouviu Madalena dizer o nome dele e assustada sai de dentro da casa vindo até o brechó para conferir. Se assusta ao ver Michael ali sem disfarces. Ele também se surpreende com a mudança em seu visual.
Brenda está com os cabelos tingidos de loiro, com o rosto maquiado, roupas completamente diferentes, também mais confiante e aparência mais saudável. Ele retira os óculos e ambos se encaram por alguns segundos.
Madalena não consegue entender absolutamente nada, nem o que o rei do pop faz ali e muito menos a forma como olhava Brenda. Pareciam conhecidos.
- Michael... – Brenda murmura.
Ele esboça um sutil sorriso com seus olhos a brilhar.
- Voltei... – Ele também murmura.
Ela esboça um largo sorriso e avança num abraço apertado. Ao encostar sua cabeça em seu tórax ela pode sentir o quão rápido seu coração palpitava. Brenda estava muito emocionada por poder sentir seu aconchego novamente, por poder sentir o calor de seu corpo perto de si. As lágrimas escorreram por seu rosto naturalmente.
Ele segura em seu rosto restabelecendo contato visual. Enxuga suas lágrimas com os polegares.
- Eu sofri tanto longe de você... Pensei que nunca iria voltar. – Ela diz com voz chorosa.
- Mas eu prometi voltar. – Ele diz terno.
Ambos trocam sorrisos. Sem receio se beijam ali.
Logo Madalena esbarra em algo fazendo um barulho que os interrompe. Ambos riem ao notar seu desastre.
- Gente... Eu estou pasma! – Ela diz levantando as mãos em forma de redenção. – Alguém, por favor, me explica o que está acontecendo aqui?
- Madalena, este é o Michael que eu te falei. – Brenda responde sorridente.
Ela fica boquiaberta.
- Eu nunca poderia imaginar que o Michael a qual você se referia era este, o Michael Jackson. – Madalena diz.
Michael ri.
- Muito prazer senhor Jackson. – Ela estende a mão. – Eu sou sua fã.
Michael retribui o cumprimento.
- Muito obrigado e o prazer é todo meu. – Ele responde.
- Bom... Eu acho que vocês precisam conversar, não? Se quiserem podem ir a meu quarto...
Eles se entreolham e logo seguem Madalena adentro ao seu quarto.
***
Madalena fecha a porta e os deixa a sós ali. Ambos não conseguem parar de se olhar.
- Eu sei que você deve estar se perguntando o que aconteceu... – Brenda quebra o árduo silêncio. – Foi uma longa história... Foi tudo tão rápido...
- Eu sou todo a ouvidos... Só quero entender o que aconteceu. E seu pai? Por que sua casa esta a venda?
- Calma! – Ela o interrompe. – Eu vou explicar tudo.
Michael senta a uma poltrona que há ali.
- Então comece... – Ele diz.
- Depois que você foi embora eu fui torturada pelo meu pai por 3 dias e 3 noites sem parar, sem poder comer e sem poder dormir direito. – As palavras doíam para ela.
- Por que seu pai fez isso com você?
- Eu me senti farta por tudo que ele me fez e extravasei minha raiva cuspindo as palavras em sua cara. Ele não suportou. Para ele era uma afronta o que eu dizia. Também achou que o demônio queria me possuir, por isso praticou alguns rituais para purificar minha alma.
- Seu pai é um louco! – Michael se admira negando com a cabeça.
- Ainda dói muito...
Michael se levanta em súbito a interromper suas palavras. Ele a abraça.
- Não se sinta assim. Você é especial para mim. – Ele a conforta.
- Meu pai foi preso Michael... Madalena conseguiu entrar em minha casa com a polícia e o conselho tutelar.
- Como assim? – Ele pergunta ainda abraçado, porém olhando em seus olhos.
Brenda o solta e olha profundamente em seus olhos a explicar tudo.
Flash Back por Brenda:
Madalena entrou em minha casa e me viu ajoelhada orando freneticamente à frente de um enorme crucifixo a parede de meu quarto. Eu estava nua, ajoelhada ao milho, com os pés e mãos amarrados e meus olhos vendados.
Eu estava muito fraca e muito alucinada porque meu pai me encheu de remédios, pois obviamente não foi apenas essa forma de tortura que ele me fez passar. Também me assistia lendo incansavelmente a Bíblia em voz alta, tomando banhos com água benta enquanto orava em latim, se auto flagelando... Ele queria que eu suportasse tudo.
Realmente ele foi fundo em me torturar, porém não conseguia enxergar isso como tortura.
Madalena entrou em meu quarto e tentou me soltar sem fazer barulho.
- Solta minha filha! – Ouvimos a voz de meu pai dizer.
Elas ficaram muito assustadas e pararam de tentar me socorrer.
- Eu disse para soltar minha filha! – Ele repetiu enquanto pude ouvir seus passos aproximarem.
Eu não pude ver, mas Madalena disse que o empurrou para impedi-lo de prosseguir, porém meu pai foi mais forte. Ele segurou em seus braços e a jogou longe. Em seguida veio até Verônica que tentava me desamarrar e também a jogou longe. Depois me abraçou como se quisesse demonstrar proteção a cria.
- Oh... Me solta! Socorro! Me tirem daqui! – Eu gritava. Não queria que elas tivessem se dado por vencidas.
De repente se formou um silêncio no ambiente. Eu não consegui entender isso, porém Madalena revelou depois que meu pai estava apontando um revolver que tirou do bolso a elas.
Eu me desesperei ao ouvir seus passos saindo do quarto, fechando a porta, descendo as escadas e o pneu do carro cantando ao dar a partida em velocidade.
- Não! – Eu comecei a chorar mais. – Por que elas foram embora? O que fez seu nojento?
Ele não respondeu simplesmente me acertou um repentino golpe na cabeça com o revolver. Eu desmaiei instantaneamente.
- Eu não acredito que seu pai foi tão baixo. – Michael diz a puxando para novamente abraçá-la. – E não acredito que você sofreu tudo isso.
- Mas passou. Agora meu pai foi preso e eu estou morando em um abrigo, porém semana que vem vou sair, pois vou completar 18 anos. – Ela diz se afastando.
Michael sorri.
- Agora finalmente podemos ficar juntos... – Ele diz sorridente, pegando sua mão e se aproximando lentamente.
Brenda hesita puxando sua mão rapidamente e dando um passo atrás. Michael não entende.
- O que foi? – Ele pergunta.
- Michael... Nós não podemos ficar juntos.
- Por quê? O que nos impede agora?
- Será que você não consegue enxergar quem você é?!
- Sim! Eu consigo enxergar quem eu sou. Eu sou um homem com todas as necessidades de qualquer outro homem. Eu sou um homem diferente depois que te conheci e você faz parte do que sou agora.
- Mesmo que tentamos esquecer por alguns instantes quem você é, seria inevitável. Você é o rei do pop. Nós poderíamos durar por alguns meses apenas e logo esse fator iria pesar.
- Brenda, eu te amo!
Michael a derruba tirando suas palavras.
- Eu não posso perder mais tempo. Justamente por ser rei do pop eu me limitei a decidir as coisas com receio de afetar minha carreira, mas nunca me permiti escolher o que meu coração pedia. – Ele continua muito emocionado.
Brenda permanece em silêncio ainda muito abalada.
- Eu te amo poxa... Nunca senti algo parecido na vida. Eu tenho certeza que se esquecermos da mídia, sem não nos importarmos com eles poderíamos ser felizes.
- Não... – Ela o interrompe com voz chorosa, também muito emocionada. – Eu não quero embarcar em algo incerto. Além de você me lembrar tudo o que eu sofri, você significaria insegurança para mim. – Brenda chora. – A gente pode até tentar, mas nunca daria certo. Eu quero algo sólido para minha vida. Alguém com quem eu possa sair sem medo de ser fotografada, alguém que possa se entregar por completo a mim. Alguém novo.
Aquelas palavras abatem Michael. Ele por segundos fica em silêncio enquanto observa à pobre chorar esperando resposta. As lágrimas persistem em saírem, mas ele consegue resistir.
- Tudo bem... Eu vou embora... Mas saiba que eu nunca serei o mesmo depois do que houve aqui. – Responde sereno.
- Você diz isso a mim? Há meses atrás eu era uma beata, vestia roupas quentes no calor deixando apenas as mãos nuas, pregava e me comportava nos parâmetros da igreja. Hoje eu ainda creio em Deus, mas você mudou completamente minha vidae o meu ser.
- O que adiantou isso? – Ele diz com aparente frustração. – Eu gostaria que naquele momento em que você desistiu de tocar minha campainha achando que não haveria ninguém, que você fosse embora e que nada disso tivesse acontecido.
- Mas não foi pelo menos bom?
- Eu que pergunto. Eu não signifiquei nada de bom para você?
Brenda pensa antes de responder. A agonia de seu olhar doía machucava ele.
- Mas é claro que significou...
- O quê? O que você sente por mim? – Ele a interrompe.
Ela pensa ainda mais. Seus olhos se enchem de lágrimas.
- Eu te amo... – Ela murmura logo abaixando a cabeça a chorar.
Michael morde seus lábios inferiores já quase não agüentando segurar suas lágrimas. Anda para os lados agoniado, soca sua cabeça, porém não consegue se segurar e avança em Brenda a empurrando até parar encostada a parede e a beijando efusivamente. Ela não teve reação. Se beijam por segundos até perderem o fôlego.
- Michael... Por favor... Não dificulta as coisas. – Ela pede ainda ofegante com suas mãos em seu tórax a afastá-lo.
Ele beija seu pescoço subindo para sua orelha.
- Eu que peço que não estrague esse momento. – Diz olhando em seus olhos.
Eles ficam por segundos olhando fixamente nos olhos. Brenda desvia o olhar, ele segura em seu queixo logo restabelecendo contato visual.
- Para de hesitar... Se entregue. Eu sei que você quer... – Ele murmura.
Ela assente levemente. Ele retribui com um sorriso maligno e torna a beijá-la.
Brenda com toda sua vontade tenta retirar sua camiseta. Ele logo se afasta e começa a desabotoar rapidamente enquanto ela ainda encostada a parede também tenta se despir na mesma velocidade.
Ela sorri malignamente ao ver aquele homem que tanto desejava despido a sua frente.
- Vem... A lingerie você que tira. – Ela o chama com o dedo de forma perversa.


Capítulo 14











Amor



Completamente excitado, com desejo naquela mulher que com esse novo visual estava ainda mais gostosa, Michael se aproximou dela e abriu seu sutiã revelando seus seios fartos e rígidos.
Jogou aquela peça de roupa longe e começou a beijar e chupá-los. Ela fechou os olhos a sentir sua língua deslizar sobre eles o excitando ainda mais. Colocou as mãos em seus ombros e o encostou a parede, mudando a situação e ficando de frente ao mesmo.
Ela lentamente foi se abaixando enquanto deslizando as mãos sobre seu tórax, a descer sobre a barriga, até parar com o rosto próximo a sua área genital. Ambos se entreolharam maliciosamente. O volume era enorme. Brenda desce sua cueca lentamente revelando aquele enorme e grosso membro. Oh... Como ela adorava ter o delicioso em sua boca.
Ela umedece os lábios com a língua e imediatamente o segura pela base. Começa o estimulando com a mão por instantes com movimentos vaivém da base até a glande. Michael fecha os olhos e arfa.
Sem parar a estimulação ela deposita uma longa lambida em sua glande fazendo-o ter calafrios e arfar ainda mais alto. Ela gosta de provocá-lo dessa forma e continua a fazer isso.
- Vamos gostosa... Coloque-o em sua boca. – Michael suplica.
Ela o fita de forma maliciosa. Michael arfa cerrando os punhos.
Parando de torturá-lo ela enfim coloca seu membro na boca o chupando suavemente enquanto passa sua língua pela glande. Michael ergue a cabeça a gemer.
Michael coloca a mão sobre a cabeça de Brenda a estimulando chupar mais rápido. Logo jatinhos de gozo são esguichados dentro de sua boca. Brenda retira lentamente o membro e os engole.
Michael ainda continua ali encostado a parede, ofegante e com os olhos fechados. Brenda sorri ao se levantar limpando a boca.
- Gostou? – Ela pergunta.
O mesmo a fita com semblante cansado. Brenda se aproxima.
- Você é tão gostoso... – Murmura ao seu ouvido.
Em seguida ela começa a beijar com vontade seu pescoço enquanto passa seu corpo no dele. Ele retribui a forma picante como ela o beija. Ela deixa uma generosa marca de chupão em seu pescoço. Ele não resiste e a empurra até cair deitada a cama de Madalena.
Rapidamente retira sua calcinha, ergue seus joelhos e abre suas pernas. Logo penetrando lentamente seu membro ele começa a meter com profundidade e força. Seu corpo desliza sobre o dela. Ele pode ver seu rosto apenas esboçar um semblante de prazer. Seus gemidos são abafados por ternos beijos em sua boca e pescoço.
Ela agarra seus cabelos conforme ele começa a meter mais rápido e seu prazer também aumenta. Michael era um gostoso, sabia muito bem como deixá-la de pernas bambas. Sua garganta estava seca de tanto gemer. Ela coloca as mãos em suas costas o incentivando. Os suores de ambos e saliva se misturavam naquele contanto corporal. A cama rangia enquanto se mexia cada vez mais rápido.
- Mais fundo! Mais fundo! – Ela gritava.
Como ela suplicava, ele meteu ainda mais profundo e forte. Brenda gemia ainda mais loucamente. Como aquele membro era enorme ela se sentia literalmente arrombada.
Alcançou o orgasmo gozando sobre seu pau. Antes que terminasse Michael rapidamente retirou seu membro e se posicionou com a boca em sua vagina penetrando sua língua em sua entrada e lambendo rapidamente.
Brenda tremeu e gritou muito. Ainda mais suada ela teve outro orgasmo. Ela estava desesperada a se mover e gemer, porém ele não perdoava, cada vez lambendo com mais rapidez seu clitóris.
Depois desses segundos de extremo prazer ela parecia morta deitada a cama de Madalena. Tremia, mal conseguia respirar, sua cabeça estava zonza.
Michael apenas observava sorrindo e satisfeito. Ele adorava acabar com as mulheres dessa forma, em especial com a mulher de sua vida.
***
Michael já havia se vestido novamente. Sentou a poltrona de Madalena a observar Brenda e esperando ela se recuperar.
- Oh... Mike. Dessa vez você foi feroz. – Ela murmura ainda deitada nua.
Ele esboça um largo sorriso.
- Eu fui feroz? Você me arranhou, puxou meu cabelo e ainda me deu um safanão no rosto e eu que sou feroz? – Ele diz passando a mão no rosto.
Ela senta.
- Oh, desculpa? Foi a emoção do momento. – Brenda diz rindo.
- Essa emoção está fazendo meu rosto latejar. – Ele diz com face engraçada enquanto coloca a mão sobre o rosto.
Brenda ri. Aproxima-se do mesmo sentando em seu colo. Beija e assopra seu rosto.
- E agora? Ainda está doendo? – Ela diz doce.
Ele apenas sorri da mesma forma. Ambos se observam por segundos.
- Eu gostaria tanto de poder viver apenas esses momentos eternamente com você... – Ela diz meiga.
- Eu também, meu amor... – Ele murmura acariciando seu rosto com o polegar.
Michael deposita um leve e rápido beijo e em seus lábios.
- Eu tenho que ir embora. – Diz a se levantar.
- Ir embora? – Brenda pergunta com receio.
- Sim... Eu não tenho mais nada a fazer aqui.
- Aqui você diz...
-... Aqui no subúrbio! – Ele a interrompe.
- Mike...
-... O que você vai dizer? Que não quer que eu vá?
Ele nega com a cabeça.
- Por que eu ficaria aqui? Para sofrer? – Michael continua.
- Eu não quero ficar longe de você! – Brenda diz em seguida o agarrando.
- Não dificulta as coisas! – Ele diz segurando em seus braços a afastando.
Ambos se observam. Brenda expressa um semblante triste e choroso, Michael um semblante abatido, frustrado, porém tentando manter a pose fria.
Ela se abaixa a pegar suas peças de roupas e se vestir. Ao terminar sai dali. Michael a segue.
Na sala Madalena e Verônica não entendem a forma como Brenda corre para seu quarto pisando firme. Eles puderam ouvir seu choro ecoar pela casa. Michael apenas a observa com semblante triste.
- Onde fica a saída, por favor? – Pergunta seco.
Madalena em silêncio o indica. Ele vai embora.
- Mãe... O que foi isso? – Verônica pergunta.
- Eu não sei... Mas eu senti que eles se amam e os coitados acham que não podem ficar juntos.
- Eu sinto muito pela Brenda. Coitada... Sofreu tanto com o pai e agora vai sofrer com esse MJ. Até agora não acredito que ele era o tal pai do bebê dela.
- Pois é...
***
Dois meses depois...
Brenda enfim iniciou uma nova fase a sua vida. Longe do pai e de tudo que fosse capaz de lembrá-la a época difícil em que viveu com ele, agora sentia que podia respirar tranqüila e tentar viver de sua forma, fazer suas próprias escolhas.
Ela começou a morar com Madalena, mas já pretende sair desta casa. Não que ela não se sentisse confortável, mas ela sentia que as duas, Verônica e Madalena, a pressionavam de mais.
Luiz, um amigo de Verônica, se sentiu interessado em Brenda. Para ajudar a amiga apresentou os dois. O sentimento que Brenda começou a cultivar com Luiz não se compara ao que chegou a sentir por Michael, mas ela acredita que o tempo tanto a ajudará a esquecer esse homem quanto a sentir algo mais forte.
Para ela Luiz significa renovação e segurança. Ela o classificou como o homem ideal e tem certeza que ele o fará muito feliz.
- Você tem certeza que não quer viajar para Hollywood comigo? Podemos tirar fotos com artistas se tivermos sorte em encontrá-los... – Luiz dizia empolgado
- Oh, meu amor... Eu não estou com cabeça para isso. – Brenda o ignorava olhando para televisão.
- O que há de errado? Você está doente? Não está a fim de fazer nada comigo...
- Eu apenas não estou bem hoje. Será que é difícil de você entender? – Ela olha rapidamente a ele e torna a TV.
- Sim. É muito difícil de te entender, pois você não se agrada com nada que eu faça.
- Sinto muito se você é um incompetente. – Responde ríspida.
- Incompetente?!
- Ah, por favor, Luiz... Me deixa em paz. Estou morrendo de dor de cabeça. – Altera a voz tornando a olhá-lo.
Ele sai dali sem entender nada. Madalena e Verônica que também estão ali a assistir televisão apenas observam.
- O que foi vocês duas também? – Brenda pergunta ríspida.
- Oh, nossa... Que bicho te mordeu? – Verônica pergunta.
- Ora... Nenhum.
- Então o que te perturba? – Madalena pergunta.
- É isso que me perturba. A pressão de vocês, a pressão do Luiz. Estou cansada de tudo isso. – Ela se altera levantando dali. – Cansada! – Grita indo em direção ao seu quarto e batendo a porta.
Madalena a segue. Brenda está sentada em sua cama respirando fundo para retomar a calma.
- Toc toc... – Madalena diz batendo na porta entre aberta.
Brenda a olha.
- Posso entrar?
- Entra...
Madalena senta a sua frente na cama.
- O que foi filha?
- Nada... – Brenda responde cabisbaixa. – Eu só estou estressada. Me desculpe...
- Se abre comigo... Diga o que está sentindo.
Brenda hesita por segundos em silêncio.
- Eu achei que eu pudesse superar... – Pausa. – Mas ainda não esqueci o Michael.
- Que Michael? – Luiz pergunta revelando-se a escutar por trás da porta em segredo.
Ambas olham em súbito.

Capítulo 15












Ele é inocente


Apesar do susto de perceber que Luiz estava escutando por trás da porta Brenda não se sentiu muito intimidada. Na verdade, dentro de si crescia uma enorme vontade de dizer toda a verdade a ele e se agora fosse a hora ela não se importava.
- Brenda, eu perguntei quem é esse Michael? – Luiz insiste ao ficar sem resposta.
- Quem é esse Michael? – Ela se levanta tentando demonstrar indignação. – Você ainda me pergunta quem é esse Michael?!
Luiz esboça semblante confuso.
- Olha essas marcas! Elas são o Michael. O meu ex namorado que me batia! – Ela continua a dissimular. – Eu já te contei sobre ele. Por que você ainda me tortura dessa forma?
- Eu torturo? Você que está falando que ainda não esqueceu esse Michael e você nunca disse sobre ele a mim.
- Está vendo como ele é Madalena! – Brenda se vira a ela. – Você sempre quer distorcer minhas palavras contra mim mesma. – Ela novamente se vira a Luiz. - Eu sempre te digo milhares de coisas... Isso é prova de que você nunca presta atenção em mim. – Se faz de vitima.
Luiz fica ainda mais confuso.
- Então me explica o que quis dizer quando disse que não esqueceu esse Michael. – Ele fica nervoso.
- O que eu quis dizer? Eu não quis dizer nada... Eu disse apenas uma coisa e você que quis entender outra.
Luiz se sente irritado.
- Fala logo porra! – Ele grita.
- Como eu posso conversar com alguém que grita comigo? Que não quer me compreender?
- Tudo bem Brenda. Eu não vou mais te perguntar nada, ok?! – Ele diz enfastiado.
Luiz se posiciona a sair. Brenda olha para Madalena que faz sinal para que ela o impeça.
- Espere! – Brenda diz.
Luiz recua.
- Desculpa, eu estou muito nervosa. É porque ainda não esqueci o trauma que esse Michael me fez passar. – Brenda diz mais calma. – Me desculpe amor... – Ela o abraça.
- Tudo bem... – Ele responde sereno.
- Vamos viajar amanhã como você deseja? – Ela diz forjando um sorriso.
Seu semblante se transforma agora para alegre.
- Claro! Que ótimo que você aceitou! – Ele diz empolgado.
- Então vai embora para dormir cedo e acordar amanhã cedo também. Esqueceu que depois de visitarmos Hollywood vamos fazer uma trilha na cerra?
- Claro que não. Estou muito ansioso!
- Então vai logo...
- Ok Tchau meu amor. – Ele diz depositando um selinho em seus lábios. – Tchau Madalena.
Luiz sai dali rapidamente. Madalena enfim ri.
- Você é uma atriz, hein?! – Ela comenta.
- Concordo. Nem sei como consigo manter a calma e demonstrar força quando estou angustiada e enfastiada com essa relação com Luiz. – Diz com desanimo.
- Amanhã você terá que se esforçar ainda mais no teatro. Afinal vocês vão fazer trilha sozinhos... – Madalena diz com uma ponta de malicia.
- Pois é... Amanhã vou decidir se vou terminar com Luiz ou não.
- Então durma logo, pois cedo ele estará aqui e tenho certeza que não vai atrasar. – Em seguida Madalena ri.
- Aff! – Brenda diz com face engraçada e em seguida também ri.
***
No dia seguinte...
Com muita relutância Brenda acordou cedo e se arrumou, pois Luiz sem nem um minuto de atraso a esperava ansioso com seu carro esporte. Ambos partiram logo. Brenda, assim como Luiz, parecia muita empolgada em viajar com o namorado, porém no fundo se sentia entediada.
Durante o trajeto, para deixar ela ainda mais enjoada, eles foram parando diversas vezes em vários congestionamentos demorados.
Com o vidro completamente aberto Brenda fechava os olhos para sentir o vento soprar sobre seu rosto. Neste momento lembrou-se da ocasião em que Michael a socorreu na rua de madrugada e cuidou dela. Abriu os olhos em súbito e balançou a cabeça para afastar tais lembranças. Apoia o cotovelo na janela levando o rosto a mão.
Luiz a observa confuso.
- O que foi meu amor? – Pergunta.
- Nada... Apenas um enjôo.
Luiz abre o porta-luvas a procurar algo aparentemente não encontrando.
- Poxa... Eu sempre ando com um remédio para enjôo aqui, mas justamente hoje me esqueci de trazê-lo. Você se importa em ir rapidinho comprar um na farmácia?
- Pode ser...
- Tudo para ficar um pouco longe de você. – Ela pensou.
Luiz oferece o dinheiro e Brenda desce do carro a procura de uma farmácia.
- Oi? Vocês sabem onde fica alguma farmácia por aqui? – Ela pergunta a um grupo de garotas.
- Ah sim... Virando a esquina tem uma, mas você não vai querer ir naquela rua, não? – A loira responde
- Por que não?
Elas se entreolham e riem.
- Aquela rua está completamente cercada por repórteres e fotógrafos... O Michael Jackson está sendo julgado no tribunal que há ali. – A morena diz.
- O Michael Jackson está sendo julgado? Por quê?
- Ele está sendo acusado de pedofilia garota! – A ruiva diz.
- Todo mundo sabe disso... Em que mundo você vive? – A loira pergunta.
- Mas ele não é pedófilo!
- Isso é o que ele terá que provar lá no tribunal! – A morena diz.
- E enquanto isso o transito fica assim! – A ruiva comenta.
- E se ele não conseguir provar sua inocência?
Elas riem novamente.
- Provavelmente ele não conseguirá e será preso pelo resto de sua vida. – A loira debocha.
Tais palavras abatem Brenda e a deixa transtornada.
- Ele não pode ser preso! – Ela diz com voz chorosa.
- Nossa... Você está tão preocupada. É fã dele?
- Ele não pode ser preso! – Brenda a ignora correndo em direção a rua em que foi indicada onde havia o julgamento de Michael Jackson.
***
Como previa havia milhares de pessoas ali. Havia milhares de fãs gritando repetidamente a frase “Michael é inocente”, havia milhares de televisões de todo mundo com transmissão ao vivo e havia milhares de fotógrafos a espera de alguém conhecido para pipocarem seus flashes capazes de cegar.
Os policiais estavam auxiliando no transito e na organização das pessoas que gostariam de ficar ali. Brenda estava muito aturdida no meio daquela multidão. Sem perceber foi induzida a ficar junto com o grupo de fãs de Michael atrás de uma grade. Eles gritavam e pulavam. Brenda estava com medo.
De repente um carro preto se aproxima. Flashes pipocam. Os fãs ficam ainda mais agitados. Michael sai dele cercado por seguranças, porém insiste em acenar a todos. O coração de Brenda dispara. Há tempos não via ele. Queria muito poder conversar com ele novamente.
- Michael! Michael! – Ela gritava em vão.
Como todos ali faziam o mesmo, seria difícil chamar sua atenção.
Michael se aproxima dos fãs para assinar autógrafos e segurar em suas mãos, porém ainda não consegue ver Brenda ali. A mesma já perde as esperanças quando é quase engolida por aqueles fãs enlouquecidos.
Michael logo se posiciona a ir embora.
- Não vai embora Michael! Sou eu. A Brenda. Estou aqui! Michael! – Ela grita com toda sua força, porém em vão.
- Brenda? – Ela ouve alguém chamar.
Tenta se reerguer dentre aquela multidão de fãs que a engole.
- Uri Geller! – Ela diz esperançosa ao perceber que ele a nota.
- O que está fazendo aqui no meio desses fãs?
Aquela multidão de fãs paralisa ao perceber Uri Geller falando com Brenda. Eles abrem uma cratera em torno da mesma concentrando seus olhares nela. A mesma começa a chorar.
- Eu preciso falar com Michael! – Ela suplica.
- Claro! – Ele diz. – Seguranças! – Ele chama os tais que seguiam Michael.
Michael para e olha para trás assustado. Os seguranças correm em direção a Uri.
- Tirem essa loira daí! – Ele aponta a Brenda.
Eles o obedecem e a retiram erguendo-a sobre as grades. Michael paralisa ao perceber de quem se tratava. Os flashes pipocam tanto sobre ele como em Brenda sendo tirada dali.
Assim que consegue ficar de pé Brenda olha em súbito em direção a Michael. Eles se observam por segundos e logo ela corre em sua direção. Os seguranças pensam em impedir, mas Uri sinaliza para que os deixem em paz.
Brenda agarra Michael com toda sua força. Ela chora. O mesmo esquece tudo a sua volta e também a abraça forte. Toda essa cena é transmitida ao vivo para todo mundo pelos canais de TV que ali estão.
Luiz espera Brenda já preocupado com a demora. O transito já começara a fluir e ele não tinha como esperar. Lentamente ele foi avançando com o carro e olhando para os lados a fim de ver se Brenda já se aproximava.
- Que horas são? Que demora! – Ele comenta consigo.
Ao perceber que ali não há relógio ele coloca a cabeça para fora do carro com intenção de encontrar algum, porém ele e todas as pessoas que estão ali acabam vendo nos telões de todos os prédios daquela avenida a cena de Brenda abraçada a Michael.

Capítulo 16










Atração


Envolvida por aqueles braços Brenda se sentia no melhor lugar do mundo. Sentir seu calor novamente fez esquecer tudo ao seu redor. Por segundos permaneceu ali, com os olhos fechados, respirando fundo o aroma de seu perfume, ouvindo as batidas de seu coração. Inevitável foi para o mundo ao seu redor esquecer Michael Jackson e não notar aquela garota agarrada a ele.
Abruptamente Michael segura em seus braços com firmeza e a afasta de si. Ela o olha confusa.
- Sai daqui! – Ele diz sereno.
- Por quê? Eu quero te ajudar.
Michael olha para Uri e o mesmo ordena um segurança tirar Brenda dali. A mesma é afasta com muita relutância. Michael se vira e torna a entrar no tribunal como se não se importasse.
- Me coloca no chão! – Ela gritava. – Eu prometo que vou andar numa boa. Apenas, por favor, me coloque no chão.
- Pode soltá-la Brian! – Uri diz ao segurança.
O mesmo o obedece.
- Uri... Eu preciso ajudar Michael. Eu estive com ele durante esses meses. Com certeza meu depoimento iria ajudá-lo.
- Não! Você só vai atrapalhá-lo. É melhor ficar comigo até a audiência de hoje terminar. Depois você fala com Michael. O que você fez hoje já foi um grande erro...
-... Mas eles pensam que ela foi apenas uma fã agarrando o ídolo! – Brian diz.
- Tomara Brian! Tomara que não tenham percebido a intimidade deles.
- Eu não me importo com o que acham! Eu preciso dizer ao juiz que eu tive um caso com Michael. Será que vocês não vêem que dessa forma posso ajudá-lo?
- Será que você não percebe que vai atrapalhá-lo mais ainda? – Uri diz.
Brenda cruza os braços farta.
- Vamos! Me acompanhe! – Uri se posiciona a andar.
Brenda não obedece e tenta escapar correndo para outro lado. Brian ao perceber corre atrás para impedi-la de fugir. Logo ambos param assustados com a multidão de fotógrafos, repórteres e câmeras vindos em suas direções.
- Corre Brenda! – Uri grita.
Os três correm e os fotógrafos vêem atrás. Uri os leva até seu carro. Brenda entra subitamente no banco de passageiros e Uri e o segurança na parte da frente. Logo o carro é cercado. Eles não conseguem partir, porém fecham os vidros pretos e travam as portas.
Os três respiram ofegantes pela corrida.
- Está vendo o que você provocou? – Uri diz olhando seu reflexo no retrovisor.
- Se esse era o preso a se pagar para me aproximar do homem que amo. Eu não me importo.
Uri sorri.
- Como você veio parar aqui?
- Eu vim numa viajem.
- Viajem?
- Sim... Vou fazer uma trilha.
- Você não sabia que Michael estava sendo julgado?
- Não. Quando estava andando na rua e um grupo de garotas me falou que ele poderia ser preso para sempre, meu coração disparou. Eu estou me sentindo com muito remorso de ter deixado ele sozinho e também pela forma como o deixei... Foi muito dolorosa.
- Oh Brenda... Você não pode fazer nada agora. Michael não vai ser preso. O mundo saber de vocês só iria complicar sua situação.
- Me desculpe, mas eu não concordo. Reconheço que eu era menor de idade quando tivemos um caso, mas eu aceitei essa situação. Não é crime. Por que o medo?
- Você realmente não entende. Michael é mais que um simples cidadão. Ele é o rei do pop.
- E o que tem a ver isso?
- Olha essa situação que estamos passando agora? Presos dentro de um carro com os vidros abaixados porque lá fora existe uma multidão de repórteres querendo saber quem é você e porque abraçou o rei do pop.
Brenda abaixa a cabeça a refletir.
- Você consegue imaginar isso diariamente acontecendo na vida dele toda vez que toma uma grande decisão? – Uri continua.
- Você está querendo dizer que não vai dar certo nosso relacionamento?
- Não é isso, mas...
-... Claro. Seria impossível para ele me assumir sem que soubessem da nossa história. – Ela o interrompe.
- Não Brenda, mas...
-... O que você quer que eu faça? – Ela o interrompe novamente. – Que eu vá embora? Eu não vou embora. Eu não vou desistir dele. Não me importa a imprensa ou mais nada.
Ambos se encaram em silêncio. Brenda suspira em alivio.
De repente um toque de celular faz os três procurarem os seus.
- Não é o meu! – Uri diz.
- É o meu! – Brenda diz lendo “Luiz” no visor de seu celular.
Brenda revira o olhar enfastiada.
- Alô?
- Onde você está? Precisamos conversar.
- Eu não te devo satisfações.
- Como assim? Você sai do carro para comprar remédio e aparece na televisão abraçando o Michael Jackson. Como assim não me deve satisfações?
Brenda não responde.
- Agora que você já conseguiu abraçar seu ídolo volta logo para o carro que estamos atrasados.
- Larga do meu pé. Eu não quero mais viajar com você.
- Com assim?
- Eu não sou fã do Michael Jackson. Eu sou amante e vim para ficar com ele. Vê se me esquece, ok?!
- Eu não estou entendendo nada.
- Fique sem entender. Agora me deixe em paz.
- Brenda quer voltar logo para esse carro?! – Luiz grita em vão.
Ela desliga em sua cara.
- Oh nossa! Como ela está irritada. – Uri comenta.
Brenda apenas o fita seca.
***
Eles permanecem naquele carro por alguns minutos até que é possível partir dali. Brenda que adormeceu levanta assustada ao perceber o veiculo em movimento.
- Onde estamos indo? – Pergunta.
- Aonde chegamos você quer dizer. – Uri responde.
Brenda nota a falta do segurança.
- Cadê Brian?
- Teve que sair.
Ele estaciona.
- Eu não vou sair antes de dizer onde estamos. – Ela diz.
Uri abre a porta e sai dali. Segundos depois abre a porta onde Brenda está.
- A audiência de Michael terminou. Estamos na mansão dos Jacksons. Ele está aqui com os filhos. – Uri diz. – Vai descer?
Brenda reflete por um instante.
- Claro. Eu preciso conversar com Mike. – Ela responde sorridente.
Em seguida sai daquele carro e é acompanhada por Uri adentro da linda e grandiosa mansão dos Jacksons. Brenda nunca presenciou tanto luxo na vida. Ela ficou deslumbrada.
- Eu também me senti assim quando vim aqui pela primeira vez. Lindo salão, não? – Uri nota o brilho no olhar da pobre.
- Com certeza! – Ela respondeu deslumbrada.
- Oi amigo! – Ouviram aquela voz suave ecoar pelo salão.
Ambos olham em súbito a direção de onde a voz vinha. Michael adentra o ambiente. O rosto de Brenda se ilumina ao vê-lo. A saudade era tanta. Ele parecia muito mais lindo e gostoso do que a ultima vez que o viu.
Ele se aproximou de Uri.
- Oi Mike! – Se cumprimentaram com um aperto de mãos e tapa nas costas.
Michael lançou seu olhar timidamente a Brenda e esboçou um sutil sorriso. A mesma retribui.
- Então eu vou falar com o resto da família... Onde estão?
- Estão a almoçar no jardim. – Michael indica com a mão.
- Ok! Com licença! – Uri os deixa a sós.
Ambos continuam em silêncio. Michael a evita notavelmente nervoso fingindo arrumar a manga de sua camiseta. Brenda apenas continua parada o olhando fixamente.
- Enfim sós. – Ela quebra o silêncio.
Ele a olha.


Capítulo 17




Família


Para Michael estar de frente da mulher a quem já amou e o fez sofrer tanto era muito difícil, pois ela também significava uma felicidade pessoal sacrificada.
Todas aquelas emoções que a aproximação dela causava em si retornaram. Ele durante esse tempo longe achou que conseguiria superar, mas estava totalmente enganado. O tempo foi capaz apenas de fazê-lo sentir ainda mais saudade e amor.
- Por que você voltou? – Ele pergunta se virando a evitar contato com a mesma. – O que foi aquilo de correr para me abraçar?
Brenda por segundos pensa no que dizer.
- Eu estou aqui por acaso. – Ela diz serena a se aproximar. – Eu corri para te abraçar por medo de te perder para sempre. – Ela o abraça por trás. – Eu te amo. Não quero que isso aconteça.
Michael fecha os olhos e respira fundo. Solta seus braços de si e vira.
- Você só me atrapalha vindo aqui. Agora seu rosto está estampado em todos os tablóides. – Ele tenta ser ríspido.
- Eu não me importo! Com tanto que eu possa ficar perto de você e te abraçar. Com tanto que eu possa te amar e ser amada por você, te dar carinho e te proteger eu não me importo.
Ele fica por segundos em silêncio.
- Por que está fazendo isso comigo? – Pergunta com semblante um pouco mais abatido.
- Não entendi...
- Você me negou daquela forma dolorosa. Por que volta? Eu juro que estava conseguindo superar, mas ai você volta e me faz sentir tudo de novo. Você veio apenas para me lembrar que não posso ficar com você.
Ele a fita com dor no olhar. Ela com face triste balança negativamente a cabeça.
- Por que me tortura dessa forma? – Ele continua.
- Não Michael. Eu vim ficar com você. Nem que seja escondido. Eu não me importo.
- Você mesma disse que queria um relacionamento sólido. Não queria se envolver com alguém que significasse insegurança. Você mesma disse que eu sou um erro.
- Porém eu tentei um relacionamento comum. Alguém que fosse correto e que significasse segurança, mas essa não sou eu. Talvez a antiga Brenda, a religiosa certinha gostasse de um relacionamento assim, mas eu não. O perigo que você significa para mim é o que me incita. Eu te amo porque você é imprevisível. Eu não quero as coisas certinhas. Lembrar que sou humana e que erro é bom para mim.
Michael não convencido balança negativamente a cabeça e se afasta dela andando para os lados a ouvindo.
- Apenas você é capaz de despertar os desejos mais insanos que há dentro de mim. Eu gosto disso. Eu sou sua. Seria tolice eu tentar negar isso. – Ela continua.
Ambos ficam em silêncio.
- É impressionante...
- Impressionante o quê? – Brenda faz fisionomia confusa.
- O que você causa em mim.
Ela sorri sutilmente.
- Mesmo depois de tudo... – Ele continua.
Sorridente ela se aproxima lentamente dele, segura em seu queixo o olhando nos olhos.
- Não jogue sua felicidade fora... – Ela murmura.
Ele sorri e simplesmente a beija. Ela o abraça apoiando sua cabeça em seu tórax.
- Eu adoro te abraçar e ouvir seu coração. Ele não mente. Ele diz que me ama. – Ela diz meiga.
- Eu adoro tê-la em meus braços. Sua pele não mente. Ela diz que ama meu toque.
Brenda ergue a cabeça o olhando nos olhos.
- Não precisa minha pele dizer. Eu mesma faço isso... Eu amo você. – Ela diz após sorrindo.
Michael retribui o sorriso. Com o polegar acaricia seu rosto e a beija. Em seguida a solta puxando-a afastado dali.
- Aonde vamos?
- Eu preciso te mostrar uma coisa!
Como uma criança feliz que ele sempre parecia ser puxou a pobre pela mão e correu com a mesma por toda a mansão mostrando-a todos os mínimos detalhes e contando-a as mais intrigantes e curiosas histórias envolvidas ali.
Enfim chegaram ao lindo e enorme jardim onde a família estava almoçando. Todos foram bem cordiais com Brenda, porém ela ainda se sentia um peixe fora d’água.
Janet como a irmã mais próxima de Michael sempre costumou a também ser a mais próxima das namoradas dele. Ao ver Brenda sentada sozinha a uma mesa, toda encolhida, observando o ambiente ela notou que a mesma não se sentia completamente confortável como Michael que brincava com seus irmãos imaginava.
A diva da família Jackson se aproximou da então cunhada.
- Posso me sentar aqui? – Ela perguntou.
Brenda assente.
- Eu sou...
- Janet Jackson! – Brenda a interrompe. – Eu conheço bem você da TV e também Michael já nos apresentou quando cheguei aqui.
- Sim, mas eu gostaria de deixar claro que além de ser a Janet Jackson eu sou sua cunhada e podemos nos tornar muito amigas, afinal, dentre os irmãos eu sou a mais próxima a Mike.
- Oh... Obrigado.
- Vejo que você ainda está muito atordoada por tudo que aconteceu, não?
- Sim... Foi tudo muito rápido. Pensar que meses atrás eu estava pregando de porta em porta e agora estou aqui num almoço entre a família Jackson.
- Entendo... Não se sinta incomodada. Veja Michael como nós vemos... Como o nosso Mike, nosso irmão, filho, tio... E não como o rei do pop da forma que é retratado nos tablóides. Veja-nos, principalmente, como sua família também. – Janet diz sorridente a pegar sua mão.
Brenda retribui o sorriso.
- Guria... – Michael a chama se aproximando. – Eu estava falando ali com minha mãe sobre você.
- Falando o quê? – Ela o olha.
Ele esboça um sorriso travesso. Aproxima-se ainda mais. Abaixa em sua frente a segurar suas delicadas mãos. Brenda se sente curiosa. Ele as beija e as acaricia. Ela pode notar o quanto as suas tremiam e suavam.
- Fala logo Mike... Está me deixando curiosa. – Ela pede.
- Guria...
- O quê? – Ela arregala o olhar curiosa e impaciente.
- Você quer casar comigo?

Capítulo 18









Pedido


Foi neste momento em que Michael fez tal pedido que ela pode sentir o quão de pressa as coisas estavam correndo. Por tudo que aconteceu seria natural ela aceitar, pois seria uma oportunidade única de viver com o homem de sua vida, mas ela teve motivos também para pensar duas, recalcular sua vida e colocar seus pensamentos em ordem.
Foi covardia de ele pedir sua mão em casamento ali naquele momento gostoso em que estavam cercados por sua família. Brenda se sentiu pressionada em aceitar, mas ela não aceitava mais em sua vida ser pressionada a fazer qualquer coisa, não importa o que.
Ela permaneceu por alguns instantes em silêncio que pareciam uma eternidade a Michael, isso ardia por dentro dele. Ela olha ao redor, eles são o centro das atenções dos olhares dos familiares e amigos que ali estão.
- O-o quê? – Ela gagueja começando a tremer.
Michael segura ainda mais firme suas mãos e penetra seus olhos castanhos por mais afundo de sua alma.
- Eu perguntei se você aceita casar comigo, vir morar em Neverland e viver o resto de seus dias em minha compania. Se você aceita ser amada e receber todo meu carinho para sempre, todos os dias da semana, todos os meses do ano, todos anos de nossa vida. – Ele pausa. – Você quer ser minha esposa?
Brenda solta subitamente as mãos dele. O mesmo esboça fisionomia confusa. Ela tenta expressar algo, mas simplesmente sai dali correndo. Todos ali ficam muito confusos, inclusive, Michael Jackson.
***
Brenda corre sem parar e sem olhar para trás. Na verdade o lugar de onde queria fugir não existia escapatória e esse lugar era de dentro de si mesma. Muitas mudanças aconteceram, mas como tudo correu tão rápido aquela Brenda medrosa e certinha ainda estava ali.
Ela passou pelo salão da mansão. Correu pelo jardim e foi até os portões dali. Não mediu seus atos, mas queria fugir. Ali se deparou com uma multidão de fãs e repórteres que cercavam a mansão.
Ao perceberem a pobre se aproximando eles ficaram ainda mais agitados a chamando e estendendo as mãos com objetos. Ela se sentiu assustada, como se estivesse num filme de terror e eles fossem zumbis querendo atacá-la.
Os repórteres invadiram o espaço dos fãs tomando a frente e começaram a fotografar sem parar a pobre. Ela escondia o rosto por não suportar tamanha chuva de flashes que caíra sobre si. Todos eles faziam inúmeras perguntas que não era capaz de compreender direito o que cada um falava.
Logo Michael veio correndo atrás e também se espantou com aquela multidão.
- Guria! – Ele a chama.
Ela se vira em súbito.
- Vamos! Entre! – Ele grita.
Ele percebeu que ela se posicionava a negar e também que eram tantas pessoas que poderiam ser capazes de invadir aquele lugar e conseguir alcançá-los.
- Guria eu disse para vir até aqui! – Michael grita.
Ela não se move.
De repente fãs e fotógrafos começam a balançar o portão com força e conseguem quebrá-lo. Outros pulam os muros ao perceberem que as telas de eletricidade estão desligadas.
Eles conseguem invadir aquela mansão e vão correndo em direção a Brenda. A mesma enfim obedece Michael correndo de volta para dentro tentando fugir deles. Por sorte ambos conseguem entrar. Os fãs e fotógrafos dão de cara com a imensa porta de vidro da mansão e logo vários seguranças chegam para apartá-los.
***
Encostados a parede eles respiram ofegantes. Brenda aos braços de Michael coloca a mão no peito e sente seu coração pulsar com velocidade. Ele a abraça forte.
- Oh meu Deus! O que foi isso? – Ela comenta evitando ficar muito próxima.
- Pois é... É por esse terror que eu tenho que passar diariamente.
Ela olha em seus olhos.
- E você deseja que eu também passe por isso?
- Eu não desejo nem que eu mesmo passe por isso, mas é inevitável. Você diz que me ama e o amor quase tudo suporta. Você disse que pagaria qualquer preço para ficar comigo. Lembra? Isso era mentira?
Ela desvia o olhar.
- Claro que não. – Responde cabisbaixa.
- Então casa comigo?!
Ela torna a olhá-lo nos olhos. Eles quase suplicavam por aquilo. Ela acaricia seu rosto e sente que sua barba acabara de ser feita. Por um instante fechou os olhos e pensou no quanto amava sentir esses momentos de carinho com ele. Abriu os olhos, sorriu e respirou fundo.
- Sim...
  Continua...

69 comentários:

  1. já ca estou amore, ansiosa para que começe :)

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  2. Começa logo Lary *-*
    Ansiosaney \o/

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  3. Eitaa ainda agr começou e esses dois ja se atacaram :O oh god continua amore <3 estou amando

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  4. Obrigado meninas por lerem e comentarem. Espero que eu esteja agradando-as... Está ai mais dois capítulos com A.M.O.R <3

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  5. ahhhhhhhh continua pfv, quero ver o se ela vai cair nos braços do mike :3

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  6. Obrigado por lerem e comentarem suas lindas, isso me incentiva muito <3 <3 Postarei a continuação em breve <3 <3

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  7. Nossa q Pai mais chato!!!!Continuaaaaaaaa====> amando😍

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  8. Obrigado meninas por lerem e sempre comentarem. Estou muito empolgada com esta fanfic e espero que transmita todo meu amor e dedicação em cada capítulo.

    Ai mais dois capítulos. Espero que gostem <3

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  9. oxi se ela tiver mesmo está ferrada, e o Michael será que vai ficar bem caso seja verdade?? Está ficando complicada a situação.

    Continua amor

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  10. continuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  11. Obrigado por comentarem e me desculpem a demora. Prometo em me esforçar para que isso não aconteça mais. Mais três capítulos fresquinhos ai para vocês <3 Espero que gostem

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  12. continuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  13. Ele está acabando cmg.. Como queria ser eu no lugar da Brenda e ser fudida por este gostosao... Continua

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    1. Kkkkk Mika ...mi desvinciliei com seu comentario..kkkk desejo de todas hahahaha continuaaaa ====>

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  14. Nossa essa fanfics está maravilhosa parabéns
    Continua...

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  15. Muito obrigado meninas pelos comentários e por acompanharem a fanfic. Estou muito empolgada com essa fic e me dedicando muito a escrevê-la. Espero que transmita isso nos capítulos.
    Me desculpem pela demora, eu ando revisando de mais. Espero que valha a pena ler. <3 <3
    Ai mais dois capítulos em que revisei muito ;) Espero que gostem e desejo uma boa leitura <3

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  16. O capítulo 12 ai para vocês meninas... Muito obrigado pelos comentários.

    OBS: Não apoio esse tipo de violência de Afonso, essa é apenas uma ficção

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  17. Meu Deus esse Afonso é louco!
    Tou adorando a fic

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  18. Ele é maluco , ele não vê que a filha precisa seguir a vida dela . obrigar a ficar na religião sem ela quer e tudo mais . já para não falar da violência, esse homem devia ser preso..

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  19. noosssaaa isso não é pai não é um monstroooo que malucooooo ccccccccccoooooooooooonnttttttttttttttttiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnnuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaa

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  20. Sério que eles ficaram separados :( só um estupido que chegou para estragar ainda mais. A Brenda tem de ficar com o Mike poxa eles se amam

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  21. eles tem que continuar juntos Brenda e Mike, e chega um viado e estraga tudo connntinnnuuuuuaaaaaaa

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  22. Me desculpem pela demora... Estou passando por um momento dificil da minha vida, mas o que me agrada é escrever e que vocês se agradem com isso. Espero que a demora tenha valido a pena. Como está no final da fanfic não se surpreendam caso os capítulos sejam pequenos ;)

    Ai estão os capítulos 15 e 16 para vocês meninas. Obrigado por lerem e Boa leitura <3

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  23. Ja ta acabando???? Q pena!! ♥Ctn♥

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  24. cccccccccccooooooooooooonnnnnnnnnnntttttttttttttiiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnnnnuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaa

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  25. Muito obrigado por todos os comentários e todas vocês que acompanham a fanfic. Me desculpem se eu demoro para postar, eu acabo revisando muito, até de mais.

    Estão ai os capítulos 17 e 18 <3 Espero que gostem e boa leitura a todas <3

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  26. Ta lindooo
    Amando...quero mais...que perfeito
    #QueremosMaisDeMichaelEBrenda

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  27. ahhhhhh Vão casar que lindo :) finalmente vão ficar juntos <3 Continua bby :)

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  28. |PALAVRAS DA AUTORA|

    Eu queria pedir desculpas, por estar esse tempo sem atualizar a fic.
    É que eu estou sem pc agora e está muito dificil de encontrar alguém que tenha para eu abrir meu pen drive onde está os capitulos da fic. Por isso peço tenham paciência e eu vou tentar ir na casa da minha avo onde tem notebook . Bjs

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  29. Esse negócio das testemunhas de Jeová que eu não gostei , o pessoal dessa religião não é tão radical assim do jeito que vcs retratam, mas de resto ficou perfeito 😍

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  30. Aff....para mim o escritor é neurótico.....platônico....narcisista e fala sobre caixinha de joia de Brenda....a virgindade....religião. .com um pai perverso narcisista.....uma personalidade mundial....com uma guria que so sofreu castigo....e que encontrou o amor através de picadura....

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  31. No começo eu não gostei muito, por envolver religiões e Deus no meio dessa ficção achei meio grosseiro. E além do mais sua historia retratou Michael como um pedófilo nojento e desumano com suas fãs e isso eu acredito que ele não era, tem algumas coisas sem nexo como; fujir de um hospital depois de um aborto e encontrar Mike e trasar a noite td. Quem transaria depois de um aborto? Nenhuma mulher em são conciência só se ela fosse estuprada.
    Mais td bem eu entendo é a sua primeira fic se empolgou e não viu a gafe. Só que agora sua fic ta ficando melhor...continua quero ler ate o fim e não fique chateada com os meus comentarios só quero ajudar.

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  32. Continua por favor não ligue pra essas pessoas que não gostaram pois vc escreve muito bem parabéns ..... mas continua por favor

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  33. Continua por favor não ligue pra essas pessoas que não gostaram pois vc escreve muito bem parabéns ..... mas continua por favor

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  34. continuaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  35. Pelo amor de Deus Lary,continuaaaaaaaaaaaa :)
    Tô amando essa Fic!!

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  36. Essa fic é simplesmente extraordinária amei!!!
    CONTINUA!!!!

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